25 de abril de 2008

De ética e de fronteiras


As críticas feitas por cardeais da Justiça Brasileira aos poderes Executivo e Legislativo por ocasião da posse do ministro Gilmar Ferreira Mendes (foto) na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e a repetição dessas críticas pelo próprio ministro Gilmar menos de 24 horas depois coloca a nu dois problemas que os brasileiros terão de enfrentar, mais cedo ou mais tarde: a falta de compromisso ético e de independência de boa parte dos membros dos três poderes da República e a não existência de uma fronteira legal clara de exercício do poder em cada uma das esferas de poder, o que leva a desencontros e à reiterada intervenção do Judiciário no Executivo e no Legislativo.

O ministro Mendes e seus pares têm razão quando criticam o Executivo por exorbitar de seus poderes no uso discricionário de Medidas Provisórias, dentre outras mazelas. E também quando o alvo é o Legislativo, que faz tudo no seu dia-a-dia, menos trabalhar como é o hábito dos demais brasileiros. E quando se fala trabalhar, no caso de parlamentares, isso significa legislar. Mais uma vez, dentre outras mazelas.

O Judiciário, por atos não muito raros de seus membros, igualmente conquistou a desconfiança da população. O corporativismo que o marca e as regalias que possui e às quais não renuncia - muito pelo contrário, tenta ampliar - são seus dois principais pecados. Aqui no Espírito Santo assiste-se, já há algum tempo, ao espetáculo de um cidadão que não é julgado porque todos os desembargadores se dizem impedidos. O réu é irmão de um deles.

Nós, brasileiros, precisamos de uma campanha de civismo. De um movimento de cunho nacional, não obrigatoriamente de caras-pintadas, mas de caras-de-todos-com-vergonha, para mudar esse quadro. Para exigir e cobrar comportamento ético aos membros dos três poderes e também para fazer com que a Constituição delimite de forma clara onde começam e onde se findam as responsabilidades de cada um deles. Obrigando cada esfera a assumir suas obrigações.

Ou isso ou, talvez em médio prazo, poderemos viver uma crise institucional de grande envergadura. Não seria a melhor solução, mas a História - basta consultá-la - mostra que os grandes impasses também solucionam problemas. É que às vezes sai sangue...

16 de abril de 2008

O (baixo) nível retratado


- Para quem antes falava "menas laranja" falar "en passant" é uma evolução linguística.

Eis aí mais um acesso verbal dos mais sérios do excelentíssimo senhor presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o sorridente da foto. E mais uma vez cometido em discurso diante de platéia de pessoas simples e para a qual ele joga, diga-se a bem da verdade, com grande competência.

Disse isso depois de questionar exigência de que fiscais encarregados de fiscalizar o ITR terem de possuir diploma de curso superior num país "onde o Presidente da República não tem".

Maravilha!

Seria interessante informar aqui que um professor de ensino público de Pernambuco, Estado natal de sua excelência, recebe um piso de R$ 599,00. O menor do Brasil. À guisa de informação, o Programa Internacional de Avaliação de Alunos, que avaliou 57 países, deixou o Brasil em 53º lugar em Matemática, 52º em Ciências e 48º em leitura. É imensa a quantidade de crianças e adolescentes nesse país que terminam o ensino fundamental sem saber interpretar um texto. Já o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) revelou recentemente que o aluno médio brasileiro termina a 4ª série sem dominar as quatro operações básicas: somar, subtrair, multiplicar e dividir.

Problema nenhum: eles são o retrato do nível do excelentíssimo senhor Presidente da República.

15 de abril de 2008

A testemunha silenciosa (ou silenciada)


Chama-se Pietro a única provável testemunha da violenta morte da menininha Isabella Nardoni (aí ao lado, junto com a mãe em foto de família). Ele tem três anos de idade e, se seu pai e sua mãe estão mentindo, estava na cena do crime quando a meio-irmã foi agredida, jogada pela janela do 6º andar de um prédio e morta. E estava acordado, pois uma criança de 3 anos não consegue permanecer dormindo com uma briga aos gritos da mãe com o pai e com os berros desesperados da irmã mais velha, pela qual sentia muito amor.

Existe uma especialidade (?) chamada psiquiatria e/ou psicologia forense, capaz de desvendar casos como este. Um policial disse há alguns dias não cogitar ouvir essa criança porque o procedimento vai traumatizá-la. Ora, se ela presenciou um crime, ainda mais envolvendo uma irmã, pai e mãe, traumatizada já está. Embora, em defesa da tese policial, haja opiniões especializadas dizendo que um trauma pode aumentar se o menino for ouvido agora. Ele estaria, então, sendo preservado ao máximo.

A Polícia afirma de forma categórica, nesse caso que entorpeceu o Brasil, que um pai e uma madrasta, sem motivo algum aparente, mataram de forma brutal uma menina de 5 anos. E nenhum dos dois estava bêbado ou havia ingerido qualquer outro tipo de droga. Não é possível compreender isso.

Alexandre e Anna Carolina, por outro lado, gritam que são inocentes e que não praticaram o crime. Para eles, uma terceira pessoa entrou no apartamento pertencente aos dois e, também sabe-se lá porque, torturou e matou a menina. Que gritava, segundo vizinhos: "Papai, papai, papai, pára, pára..." Parece alguém chamando pelo pai. Gritando por socorro a ele.

Se os pais mataram a menina, Pietro viu. Se não foram os dois, ele também ouviu a gritaria e viu que a irmã não estava mais no apartamento quando foi trazido junto com o irmão ainda bebezinho. Há uma testemunha. Silenciosa ou silenciada. Não se sabe ao certo.

8 de abril de 2008

Vamos visitar museus?




Vocês gostam de museus? Querem visitar os maiores do mundo, aqueles que contam com os acervos mais valiosos, mesmo sem gastar em passagens, hospedagens, vistos e outras coisas mais? A emoção não é a mesma, mas vale a pena ver. A gente pode fazer essa viagem, seguindo o roteiro que vem abaixo. A foto que ilustra esse texto é um detalhe do Hermitage, da Rússia, um dos maiores museus do mundo e também dono de um acervo de valor incauculável. Basta ir clicando e acessando esses museus:


Vale a visita a dois museus: Castro Maia - Açude e Chácara do Céu. São dois primores. O do Açude tem uma localização bucólica, porcelanas da Cia das Ìndias, Debrets, etc... Museu de Arte Moderna - Rio de Janeiro De linhas retas, jardins de Burle Marx, tem Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Portinari e outros. Museu Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro. Prédio em estilo renascentista. Tem Victor Meireles,Rodolfo Amoedo, Almeida Jr. Eliseu Visconti. Coleção de barrocos italianos e 8 obras de Franz Post. Esse site dá boas indicações de museus. Petrópolis - RJ - Imperdível. Tem até espetáculo de son et lumière duas vezes por semana. Museu de Arte de São Paulo - São Paulo - Velasquez, Rembrandt, Rafael, Cézanne, Monet, Renoir, Van Gogh, Matisse, Picasso... MAM - Museu de Arte Moderna - São Paulo Veja obras de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Tomie Otake. E vai por aí...
Divirtam-se

4 de abril de 2008

Borra de café contra a dengue!


Vivemos época de apreensão relativa ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, doença que, na forma hemorrágica, chega a matar e tem provocado muitas mortes no Brasil. Então, anote uma dica simples e eficiente: com borra de café você impede que o mosquito transmissor se reproduza, trazendo perigo. Mata-o como larva mesmo, da forma como está aí acima.
A receita é usar uma solução de duas colheres de sopa de borra para meio copo de água – e ir dobrando a dose sempre que preciso – ou então aplicar a borra diretamente em vasos de plantas, sem diluir em água. E também em outros locais onde o mosquito se reproduz. No caso dos vasos, você ainda estará adubando as plantas, de graça. Maiores informações sobre o assunto podem ser colhidas em www.apromac.org.br/dengue.htm.
Isso não é brincadeira. É sério e dá resultados. Como a maioria dos brasileiros tem o saudável hábito de beber café, pode matar esse mosquito depois do último gole.