19 de julho de 2017

A tecla de "FIM"

Vamos "perder" um pouco do nosso tempo: as televisões nos mostram todos os dias senadores e deputados federais se expressando sobre o atual momento político brasileiro. Reparem bem como é grande a quantidade de desqualificados de todos os tipos ocupando cadeiras no Legislativo Federal. Eles não têm compromisso algum com o País, com os problemas nacionais (muitos nem os entendem), nem querem resolver coisa alguma. Só um pé de meia.
Eles fazem movimentos de troca e, na base desse sistema está um instrumento que talvez seja o mais perverso da política nacional: a emenda parlamentar. Conseguiu-se criar no Brasil um sistema esdrúxulo de injeção de dinheiro no vereador, deputado (estadual ou federal) e senador que, por via impositiva, obriga o Estado e dar dinheiro a eles. Para "suas bases". Na prática, esse dinheiro que é meu, seu, nosso, no mais das vezes é desviado por fraudes que podem e envolver superfaturamento ou outro tipo de desvio. Também pode ser jogado fora por gastos absurdos que engordam a votação de determinados parlamentares. Exemplos: um campo de futebol onde os amigos de infância dessas pessoas querem se divertir. Uma seita política de espertalhões que engordam os bolsos de "bispos" e outros donos de denominações que existem apenas para explorar a boa fé alheia.
Agora vamos sair um pouco desse meio mais "sofisticado" e ampliar nossos ouvidos para coisas ao nosso lado: reparem como todos os dias, praticamente a todas as horas, um festival de fogos de artifício espouca nos morros. Existem códigos, não se iludam. E cada disparo é um recado de um grupo para o outro. Ou para membros de um mesmo grupamento. Pode ser um grito de guerra, uma ordem de execução, um aleta tipo "a Polícia está chegando". Qualquer coisa.
Nós, brasileiros, convivemos diariamente com isso. Primeiro, com a ópera bufa que vem de Brasília e continua a engordar contas bancárias de pessoas eleitas por nós. Afinal, as emendas são impositivas. Essa parte de nossa tragédia a TV coloca no ar todos os dias, todas as horas. Segundo, com o foguetório tipo final de Copa do Mundo cujo significado real e forma de combate ainda não conseguimos decifrar para combater com mais rigor, com mais eficiência o crime comum.
São os dois lados de um drama todo nosso, todo brasileiro. Enquanto perdemos tempo ouvindo Lula, Temer e outros para sabermos se são inocentes ou culpados - e todos sabemos que eles são culpados, sim -, a tragédia nacional cresce aos nossos olhos sem um c
ombate efetivo.
É preciso apertar a tecla de "FIM".    

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