
Dizem que o filmete (com foto mostrada nessa página) foi obra de um judeu norte-americano. Se foi, esse imbecil deu uma grande contribuição para a guerra. Tocou em ninho de vespas e acendeu mais um rastilho de pólvora no conturbado Oriente Médio. Onde deveria haver ações em busca da paz, vez ou outra surge um inconsequente para levar ódio à região.
Os muçulmanos têm uma religião onde as proibições, se desrespeitadas, podem levar até à morte. O escritor Salman Rushdie sente isso na pele faz muito tempo, desde que foi condenado a morrer pelo aiatolá Ruhollah Khomeini por ter escrito o livro "Os versos satânicos". Vive escondido, desde então, protegido pela polícia britânica e com identidade falsa.
Minha afirmação pode levar a protestos, mas o mesmo acontece com os inimigos de Israel. O Mosad, serviço secreto do Estado judeu, costuma caçar seus inimigos pelo mundo todo (talvez exceto nos Estados Unidos) e matá-los sem piedade. Assim, ao menos em questão de método - e não obrigatoriamente em competência e recursos - os dois inimigos se parecem. Se fossem capazes de dar uma chance à paz, as tensões no mundo diminuiriam consideravelmente.
Como seriam reduzidas caso a questão das armas atômicas fosse encarada sem subterfúgios ou fingimentos. De nada adianta prometer a guerra ao Irã caso ele não renuncie ao seu programa nuclear se, ao mesmo tempo, a ONU finge não ver que Israel tem um vasto arsenal atômico pronto para ser usado quando e onde sentir que sua existência está ameaçada.
O filme sobre Maomé é uma idiotice, repito. Mas serve a um propósito: por ele e graças a ele, todos nós ficamos sabendo, ao menos, que desarmar os espírito é mais importante hoje do que retirar armas dos inimigos, sejam elas nucleares ou não. Espíritos desarmados jogam fora as armas sem necessidade do uso da força.