A imagem retirada dos noticiários de dia-a-dia da vida política brasileira é muito dura. Na maioria dos casos os comentários diários feitos a partir dos atos dos três Poderes levam alguns jornalistas dos mais diversos meios de Comunicação a errarem feio em seus julgamentos. Uns por receio de ofender "ordens superiores". Outros por estarem voltados a considerações político ideológicas equivocadas. Alguns por má fé mesmo. Sou levado a crer serem esses últimos minoria, mas não insignificante porque interferem no julgamento final de uma população politicamente ignorante e ideologicamente conservadora ou reacionária.
O termo mágico dos dias atuais é "redução de gastos". O presidente da Câmara, que ocupa o cargo graças a acordos de bastidores pouco ou nada claros defende isso ao mesmo tempo em que passa por cima das tais emendas parlamentares de mais de CR$ 50 bilhões anuais que deputados e senadores utilizam até de forma descaradamente desonesta e, ao mesmo tempo, defende que estes eleitos para nos representarem em Brasília possam receber salários e aposentadorias cumulativamente enquanto aos simples mortais isso é negado. Acrescento aqui que eles têm feito de tudo, menos legislar em benefício da população.
No Poder Judiciário há um silêncio de morte em torno dos penduricalhos diversos que se somam aos vencimentos mensais e que fazem com que alguns recebimentos cheguem aos seis dígitos, o que também é negado aos simples mortais. Àqueles do INSS. Isso também ocorre no Executivo e com diversas máscaras, mas em muito menor numero, o que talvez não seja nem ao menos uma questão de pudor. Ou pundonor, nosso orgulho saudável.
Então, nessa discussão estão proibidos temas como cortar as emendas parlamentares, taxar o agronegócio, capar a isenção fiscal de empresas bilionárias e taxar super ricos, citando poucos exemplos. Mas, ao mesmo tempo é "necessário" quebrar os pisos de Saúde e Educação, cortar benefícios sociais como BPC, bolsa família e outros, congelar o salário mínimo e reduzir grande parte dos investimentos públicos, para dizer o mínimo. Na divisão do bolo da imensa riqueza nacional o que se propõe é cortar até as migalhas poucas de quem já não tem direito sequer a uma pequena fatia que mate a fome.
Diz-se da discussão atual relativa à necessidade de se cortar despesas no Brasil que a visão é distorcida e penaliza quem já não pode perder mais nada. Errado, essa visão é a mais cretina e torpe possível, mas vai ao ar a cores, é impressa e dita todos os dias pelo Brasil afora. Ora, é que ela interessa ao "mercado", essa entidade suprema e defensora dos poderes quase absolutos do dinheiro nesse Brasil, ditadora - em todos os sentidos - de praticamente todas as decisões de bastidores capazes de interferir na vida dos andares de baixo.
Conservo sempre viva uma obsessiva ideia, já em mim toda inarredável: melhor destinação a essa região (Centro-Oeste) onde está o Palácio do Planalto, sede do Governo nacional, deveria, sim, estar o Estado de Israel , desde 1948. A ideia , desarrazoada, de instalá-lo perto da antiga Jerusalém só trouxe esses conflitos a que assistimos, pois rodeado de inimigos históricos. E outra: se no Centro do Brasil, estaria o Estado hebreu bem longe de possíveis ataques. Sede do Governo brasileiro? , perguntar-se-ia. Sim, cá no ES, já muito preterido, prejudicado, em tempos coloniais. (Marcos Tavares)
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