Na última terça-feira o governo Donald Trump anunciou que pretende iniciar uma revisão das exposições atuais ou futuramente planejadas da Smithsonian Institution, analisando seus textos e murais, sites e redes sociais "para avaliar o tom, o enquadramento histórico e o alinhamento com os ideais americanos" segundo o comunicado feito e que salienta querer ver o instituto focando sua imagem em consonância com a do presidente atualmente na Casa Branca. Como sempre, foram ameaçados o cancelamento de verbas federais e outras formas de apoio a essa instituição que administra 21 museus dos Estados Unidos, além de preservar um acervo de valor incalculável relacionado à história daquele país.
Eis Hitler sendo revivido em mais um projeto nazifascista!
Logo o Smithsonian retirou de pesquisas que podem ser acessadas os textos relacionados às tentativas de impeachment contra Trump. Prometeu resistir a todos os ataques futuros, mas talvez não possa sobreviver sem as verbas governamentais e venha capitular. Isso significa reescrever a história norte-americana que, por si só, não é digna de meritos ao longo de séculos de tentativas de dominação mundial. Assusta-me ler um dia: "George Washington, antevendo a existência, no futuro, do verdadeiro pai da Nação, Donald Trump, realizou o sonho da independência". Não riam, é improvável mas isso é possível no país onde se cogita mudar o nome do "John Kennedy Center", em Washington, para "First Lady Melania Trump Center".
Esse assunto remeteu-me à monumental obra "Como as democracias morrem", de Steven Levitsky (imagem na bertura do texto) e Daniel Ziblatt. Merece ser lida por todos e nos faz compreender melhor como surgiram e obtiveram poder indivíduos como Adolf Hitler, na Alemanha e Benito Mussolini, na Itália, além de seus seguidores atuais incorporados em gente como Trump, nos Estados Unidos e Benjamin Netanyahn, no estado sionista genocida de Israel, gravitados por figuras menores como o ditador da Hungria. O sionista, hoje, comanda o maior genocídio do século em Gaza, amparado e financiado pelo norte-americano, mostrado ao vivo pela TV e tolerado pelo que ainda sobrevive do conceito de concerto das nações nascido das cinzas da Primeira Guerra Mundial.
Steven Levitsky, para quem não conhece, é professor da Universidade de Harvard, cientista social de renome internacional e recentemente fez palestra no Brasil com o tema "Democracia, Judiciário e os desafios da atualidade". No seu livro ele alerta que "as democracias atuais não terminam com uma ruptura violenta nos moldes de uma revolução ou de um golpe militar; agora, a escalada do autoritarismo se dá com o enfraquecimento lento e constante de instituições críticas – como o judiciário e a imprensa – e a erosão gradual de normas políticas de longa data". Essa é a receita resumida da tragédia!
Por isso não apenas os meios de Comunicação, mas também o Poder Judiciário é alvo desse pensamento e de seus seguidores, como acontece também hoje no Brasil onde hordas de neofascistas tentam de tudo para inviabilizar os julgamentos dos responsáveis pela última tentativa de golpe de Estado por aqui, sobretudo e principalmente a possível e provável prisão do genocida inelegível Jair (Falso)Messias Bolsonaro.
O Brasil está sob ataque dos Estados Unidos, que tentam de tudo para inviabilizar o atual governo porque ele torna impossível a volta ao poder desse Jair. Trump precisa dele muito mais do que de Javier Milei pela expressão internacional e poder econômico do nosso país. Sem Bozo na presidência fica muito mais difícil para o homem da Casa Branca balançar sua peruca loira nas entrevistas, retirando autorizações diplomáticas de ida aos EUA de parte das nossas autoridades, bem como aumentando tarifas de exportação sem justificativa econômica e legal alguma a não ser a vontade de intervir internamente no Brasil, o que é feito graças à ajuda de criminosos como Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo.
Por sinal, já passou a hora de eles virarem réus.
E a Justiça seguirá em frente para julgar os criminosos das tentativas de golpe de Estado culminadas em 08 de janeiro de 2023, haja o que houver, ocorra o que ocorrer e custe o preço que custar.
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