O tema dos trotes de marginais é sério. Mas ontem contaram-me um fato hilário sobre o tema. É real, aconteceu no Espírito Santo e o nome da pessoa envolvida não será fornecido por razões mais do que óbvias, até porque eu estou romanceando um pouco. Ela é mulher, solteira, sem filhos, advogada com família morando em Vitória, mas residindo e trabalhando numa das mais importantes cidades do interior do Estado.
Uma bela noite ela está em casa e o telefone toca. Do outro lado da linha vem a voz ameaçadora:
- Seguinte: sua filha está com nóis. E vamos matá ela!
Imediatamente, ela finge desespero:
- Não faça isso, por favor. O que eu tenho que fazer. Quero minha filha de volta!
Para o marginal é sopa no mel.
- Anote aí: pegue o dinheiro no caixa e depois saia de casa para depositar. Vá até a rua tal, vire à direita...
- Devagar, não estou entendendo...
- Vou falar de novo. Faça o que eu mando. Vá por alí, pegue a rua tal, passe pela praça logo adiante...
- Não estou entendendo nada, moço. Por favor, fala de novo que estou muito nervosa...
- Olha, dona, presta atenção. - o sujeito já está nervoso - Saia de casa, pegue o dinheiro, vá pela rua tal, contorne a praça fulano, pegue a avenida sicrano...
- Ai, não sei ir...
- Moça, não torra a paciência. É na rua fulano, depois na avenida sicrano, em seguida na praça beltrano. Entendeu, porra?
- Olha, moço, está dando muito trabalho. Pode matar!
E desligou o telefone.