Roseana Sarney, descobriu-se no final da semana passada, tem um mordomo particular que ganha mais de R$ 12 mil mensais. Mas o dinheiro não sai da conta bancária da "proba" governadora do Maranhão. Sai da minha e da sua conta bancária, leitor. É verba pública. Dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos.
A crise de honestidade e de ética é do Senado, sim. Também da Câmara Federal. Também dos legislativos estaduais e municipais. Não é só do presidente do Senador, José Sarney, como ele disse em um discursos semana passada. Mas é preciso assumir, presidente Sarney, que o senhor é o "cappo di tutti cappi". O grande chefe!
É imensa a lista de imoralidades do Senado da República. E ela tende a crescer, e muito, porque há milhares de coisas por surgir. Milhares da acusações por serem feitas. Milhares de danos causados ao erário por serem reparados. E isso precisa ser feito em nome da decência e dos valores republicanos que o Legislativo brasileiro desrespeita.
A crise não é de Sarney somente; é do Senado.
Mas o neto que ganhava dinheiro público é de Sarney. E o mordomo que recebe uma fábula para trabalhar na casa de Roseana, serve à filha de Sarney.
Ora, bolas. Como bem disse o presidente Lula, o presidente do Senado não é um homem comum. Seu neto, obviamente, também não. Sua filha, menos ainda. O único homem comum nesse pequeno imbroglio que cito aqui é o mordomo.
Obviamente, a culpa é dele!