
pelo poder que gera dinheiro e se sustenta nele. Em tudo e por tudo, covarde.
Nos dias atuais, sempre que alguém critica ou ataca Israel, é chamado de antissemita. Uma defesa, ao mesmo tempo um ataque e uma camuflagem. Na prática, ao longo dos anos Israel se tornou um Estado belicoso. E racista. Mesmo sem dizer, mesmo sem pregar isso abertamente, trata os palestinos como seres inferiores. E toma-lhes seus territórios. Na ilustração desse texto está o território que o Estado judeu ocupa. No nascedouro, quando foi delimitado pela ONU em 1947 e depois, ao longo dos tempos, com as várias anexações de territórios limítrofes. Um movimento que não cessa.
Hitler criou, para gerar o ódio que levaria à II Guerra Mundial, a teoria do espaço vital. A Alemanha necessitava disso e da extinção pura e simples dos tratados elaborados logo após a I Guerra Mundial e que a limitavam. Israel, supostamente para se defender, defende também um seu espaço vital. As Colinas de Golã, por exemplo, seriam necessárias à sua defesa. E vai por aí. No episódio de Sabra e Chatila, o massacre silencioso do povo palestino serviu aos interesses israelenses de domínio sobre esse povo. Ou o que sobrasse dele. O que existe de diferente em essência, hoje, entre a suástica e a Estrela de David? A parte mais forte da política de Israel atualmente está ligada à extrema direita. Essa mesma corrente que, travestida, criou o caldo de cultura dos campos de extermínio nazistas.

Talvez Israel, como Estado, conviva com um dilema: como usar seu poderio nuclear herdado dos EUA se a área territorial, muito pequena, o faria vítima também de um disparo desse gênero? Como usar artefatos atômicos contra inimigos próximos se ninguém é capaz de garantir uma não retaliação do mesmo porte? Eis um dilema não irrelevante. Eis um risco que os anões morais da cúpula israelense têm que considerar. As asas são grandes, a vontade de brigar, também. Mas no fundo, bem lá no fundo de suas razões intestinas, o covarde sente medo.