Nos últimos tempos o presidente Jair Bolsonaro tem ultrapassado todos os limites da decência no trato com os jornalistas aos quais ele "dá entrevistas" nas saídas matutinas diárias do Palácio da Alvorada. Junto com convidados para cumprimentá-lo quando sai do carro na ida para o Palácio do Planalto, elege um assunto para falar aos repórteres que se postam lá. No mais das vezes responde a questionamentos com grosserias típicas de desqualificados. Hoje pela manhã disse que uma repórter da Folha de S. Paulo queria dar "o furo" sobre ele.
E tudo o que se lê ou ouve ou vê em seguida são notas de protesto. Chega, está na hora de esse tipo de desrespeito ser revidado com processos judiciais nas instâncias adequadas.
Acredito que Bolsonaro nunca entenderá quais são os limites de seu cargo. Como funciona a presidência da República e que liturgia deve ser seguida por aqueles que ocupam o mais alto posto do Executivo. O linguajar chulo que ele usa já foi assimilado por muitos de seus ministros. Isso fatalmente teria que acontecer, pois o do atual presidente é o pior ministério jamais escolhido na história do Brasil republicano. A indigência intelectual e moral daquele grupo de despreparados chega a assustar. Ao bando inicial agora se somou o ministro da Economia, Paulo Guedes. Depois de dizer que a esposa do presidente da França "é feia mesmo", pirou. Sua última insensatez, logo depois de chamar os funcionários públicos de "parasitas" foi dizer que com o dólar baixo as empregadas domésticas vão continuar viajando para a Disneylândia.
Nem mesmo o ministro da Educação, Weintraub, consegue chegar ao nível de esgoto do presidente. Afinal, este é só ignorante. Já o chefe, não. Ele é totalmente despido de pundonor. Suas reações públicas a críticas ou então ao que apenas o desagrada chegam às raias do absurdo. Ou são "bananas" como a da foto, ou então acusações torpes de homossexualismo - o que é uma questão pessoal - dirigidas a um repórter ou então a cruel grosseria desta manhã na saída do Alvorada.
Bolsonaro é capaz de elogiar ditadores sanguinários nos países destes, de agredir o pai de uma ex-chefe de Estado e de ter como heróis um torturador do regime militar ou então um chefe de milícias amigo seu, morto em queima de arquivo no interior da Bahia.
Chega!
Não é possível aceitar mais uma situação dessa. As entidades que representam os jornalistas e os meios de comunicação do Brasil têm a obrigação de lutar para dar um basta a isso pelos meios legais. Caso contrário vão merecer a alcunha de bananas. E as "bananas" que o desqualificado envia a nós todos.
Blog de variedades. Um pouco de esporte, um pouco de política, um pouco de fofoca, um pouco de mais tudo o que surgir de interessante. Enfim, um pouco de jornalismo na vida de quem gosta de notícias e interpretação de fatos
18 de fevereiro de 2020
13 de fevereiro de 2020
Ah! Essas empregadas domésticas...
Ah! Essas empregadas domésticas não tomam jeito mesmo! É um absurdo elas ficarem indo à Disneylândia todo ano como acontecia no passado!
O governo atual parece comédia. E seria uma, caso não fosse tão ruim, tão movido a ódio como é. Mas num ponto tem características monolíticas: praticamente todo dia alguém é escalado para falar uma besteira de grandes proporções. E ultimamente a bola da vez tem sido o ministro da Economia, Paulo Guedes e que fala com trejeitos capazes de lembrar Michel Temer. Aquele que chamou os servidores públicos de parasitas. Agora investiu contra as empregadas domésticas que cometeram o desplante e o descaramento de irem à Disneylândia. Logo elas que deveriam no máximo viajar até Cachoeiro...
Lembro-me de um fato passado faz muitos anos. Uma empregada foi expulsa do elevador social de um prédio vizinho à casa onde meus pais moravam, em São Paulo porque, segundo a síndica, não sabia onde era seu lugar. E obviamente o lugar dela era no elevador de serviço. Não me recordo agora se seria mulher negra (imagino que, caso fosse, isso representaria sério agravante!).
Assusta o fato de o atual governo brasileiro nutrir tantos ódios. Pelo que eles chamam de pessoas "de esquerda" seria de esperar. Afinal, "de esquerda" são todos os que discordam do (des)governo Jair Bolsonaro no plano político. E os milhões de opositores só aumentam.
Agora fica explícito o ódio da camarilha federal nutrido contra pobres. Imagino que na visão dessa gente, a massa imensa de famélicos brasileiros é constituída por incompetentes, incapazes de vencer na vida como "as pessoas de bem". O presidente não sabe o que é justiça social. Entre um passeio e outro de moto aquática pelo Lago Paranoá ele admira as mansões de Brasília, curtindo a paisagem. "Aqui é o meu lugar", deve dizer para consigo mesmo e enquanto queima gasolina com dinheiro público.
Nessas horas ele nem pensa no assassinato do Adriano da Nóbrega, no silêncio sobre o assunto somente quebrado ontem para o discurso tipo "não tenho nada com isso" do filho Flávio, nas repetidas tentativas de regularizar de uma vez por todas o extermínio do meio ambiente, no "confinamento" dos índios, no descaso para com a Constituição, etc,etc, etc.
Um governo sem projeto que não seja o de destruir o que foi feito por todos os que o antecederam (exceção feita aos ditadores da "Revolução"), sem metas que possam ser medidas, com fixação em colocar a culpa por sua incapacidade administrativa na "esquerda" precisa mesmo escalar todos os dias um auxiliar para arrotar valentia e vomitar asneiras. Esse é seu maior projeto!
E, convenhamos, nossas empregadas domésticas continuam sem saber qual é seu lugar...
O governo atual parece comédia. E seria uma, caso não fosse tão ruim, tão movido a ódio como é. Mas num ponto tem características monolíticas: praticamente todo dia alguém é escalado para falar uma besteira de grandes proporções. E ultimamente a bola da vez tem sido o ministro da Economia, Paulo Guedes e que fala com trejeitos capazes de lembrar Michel Temer. Aquele que chamou os servidores públicos de parasitas. Agora investiu contra as empregadas domésticas que cometeram o desplante e o descaramento de irem à Disneylândia. Logo elas que deveriam no máximo viajar até Cachoeiro...
Lembro-me de um fato passado faz muitos anos. Uma empregada foi expulsa do elevador social de um prédio vizinho à casa onde meus pais moravam, em São Paulo porque, segundo a síndica, não sabia onde era seu lugar. E obviamente o lugar dela era no elevador de serviço. Não me recordo agora se seria mulher negra (imagino que, caso fosse, isso representaria sério agravante!).
Assusta o fato de o atual governo brasileiro nutrir tantos ódios. Pelo que eles chamam de pessoas "de esquerda" seria de esperar. Afinal, "de esquerda" são todos os que discordam do (des)governo Jair Bolsonaro no plano político. E os milhões de opositores só aumentam.
Agora fica explícito o ódio da camarilha federal nutrido contra pobres. Imagino que na visão dessa gente, a massa imensa de famélicos brasileiros é constituída por incompetentes, incapazes de vencer na vida como "as pessoas de bem". O presidente não sabe o que é justiça social. Entre um passeio e outro de moto aquática pelo Lago Paranoá ele admira as mansões de Brasília, curtindo a paisagem. "Aqui é o meu lugar", deve dizer para consigo mesmo e enquanto queima gasolina com dinheiro público.
Nessas horas ele nem pensa no assassinato do Adriano da Nóbrega, no silêncio sobre o assunto somente quebrado ontem para o discurso tipo "não tenho nada com isso" do filho Flávio, nas repetidas tentativas de regularizar de uma vez por todas o extermínio do meio ambiente, no "confinamento" dos índios, no descaso para com a Constituição, etc,etc, etc.
Um governo sem projeto que não seja o de destruir o que foi feito por todos os que o antecederam (exceção feita aos ditadores da "Revolução"), sem metas que possam ser medidas, com fixação em colocar a culpa por sua incapacidade administrativa na "esquerda" precisa mesmo escalar todos os dias um auxiliar para arrotar valentia e vomitar asneiras. Esse é seu maior projeto!
E, convenhamos, nossas empregadas domésticas continuam sem saber qual é seu lugar...
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