15 de abril de 2024

Ao fim, o sionismo!


Ao fim de tudo e justificando as ações que nos remetem aos dramas do Oriente Médio está o sionismo. Ele é a fonte de todos os crimes daquela região e do crescimento de um apoio injustificado ao expansionismo de Israel que não parou desde 1948 quando, sob o peso dos traumas provocados pelo genocídio dos nazistas na II Guerra Mundial, milhares de palestinos foram expulsos de seus lares para a criação do Estado de Israel circunscrito a fronteiras que os sionistas jamais aceitaram. Esse é o ovo da serpente!

O sionismo político foi gerado na Europa no final do século XIX, em um contexto de crescimento do antissemitismo (aversão aos judeus) naquele continente. O movimento surgiu de ações do jornalista húngaro Theodor Herzl, o responsável pelo surgimento de uma organização internacional para defender a ideia de constituição do Estado Nacional Judeu na Palestina. Esse movimento, o sionismo, foi influenciado pela obra "O Estado Judeu" (Der Judenstaat), escrita por Herzl. Ela resultou do crescimento do antissemitismo no continente europeu e sua produção foi motivada pelo caso Dreyfus, a condenação de Alfred Dreyfus, oficial do Exército francês, acusado de alta traição. Ele era inocente e, mesmo sem provas, acabou sendo condenado à prisão perpétua. Por esse motivo surgiram questionamentos sobre sua punição, que ocorreu pelo fato de ser judeu. Ou seja, foi uma pena antisemita!

Desde 1948 o sionismo expande as fronteiras de Israel. Sim, o Estado Judeu sofreu ataques por parte das diversas nações árabes, sobretudo dos Palestinos, ao longo desses anos. Mas é preciso não nos esquecermos de que os judeus invadiram aquelas terras. Israel poderia ter se dedicado a fazer a paz com os estados vizinhos através de  concessões ou outras formas de aproximação. Mas não. Eles queriam e querem não apenas o que lhes foi destinado pela ONU, mas muito mais. Querem toda a "Grande Israel" e por isso hoje ocupam ilegalmente a Cisjordânia de onde não pretendem sair nunca mais, e as terras anexadas a partir das guerras acontecidas. Aliás, só o que foi tomado ao Egito voltou às suas fronteiras históricas. Eis um retrato do drama, feito em poucas palavras.

Por isso a ONU não considerou o bombardeio de uma embaixada por Israel antes de condenar o ataque do Irã e por isso os atos terroristas do início de outubro passado foram condenados como deveriam ser, mas sem que se considerasse que o Hamas atacou terras ilegalmente ocupadas pelo estado judeu. Por último, a maior parte da população de Israel apoia hoje o sionismo e a política de Estado do seu país, o que é um erro.

Poucos são inocentes nessa guerra, além de mulheres, velhos e crianças palestinos.          

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