10 de abril de 2024

É disso que eles estão atrás


Em um dos dias que se seguiram à eleição do presidente hoje genocida e inelegível, encontrei-me com um conhecido para tomar vinho no supermercado Carone que fica localizado no início da Avenida Rio Branco, esquina com a Leitão da Silva. Ele é um bolsonarista fanático, formado pela Escola Superior de Guerra, e não vou revelar seu nome aqui em respeito à confidencialidade. Mas ele me disse o seguinte: "Não foi Bolsonaro quem ganhou a eleição. Fomos nós. E se tentarem nos tirar do poder vai haver ruptura!" Não houve a quebra da normalidade democrática que estava programada desde o início porque o presidente era e é muito burro, mas a extrema direita fincou os pés no Brasil.

Hoje mesmo o presidente da Câmara, o milionário "coronel" Arthur Lyra, que quer defender seu patrimônio construído sabe-se lá como, disse que não vai levar à votação a PL da regulamentação das redes sociais como a "X", por exemplo, porque não há consenso. Não há e nem haverá. É a extrema direita, que tem Lyra na coleira, quem rejeita regulamentar as fábricas de mentiras que assolam o país. Ele precisa continuar à frente do poder, fazer seu sucessor na Câmara, e esse é o preço a pagar. Ele o paga e nós que nos danemos.

Elo mundial dessa cadeia de extrema direita com fome de poder, o bilionário Elon Musk já atacou o governo brasileiro de todas as formas. O alvo dos ataques, hoje, é o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, mas o objetivo maior é destruir os Poderes Executivo e Judiciário para fazer a rapina mineral brasileira, onde os objetivos maiores são o lítio, o nióbio e o grafeno, minérios que ele precisa e o ex-presidente aceita dar de graça à Tesla em troca de apoio e poder: é disso que eles estão atrás: de poder!

A fome é imensa e o projeto extremista envolve tomar tudo o que for possível abraçar. Até aqui no Espírito Santo, um Estado pequeno, já são fortes na política regional, no comércio, indústria, serviços e colocaram as patas sujas até na Academia Espírito-santense de Letras. Sim, uma entidade mantenedora da cultura interessa pois uma das metas dessa gente é dominar as mentes e a produção científica de modo a que seu progresso seja atrelado, amarrado a fronteiras medievais onde estão encastelados os novos "evangélicos" hoje com enorme sede de ocupar os governos centrais.

Eles querem tudo. Inclusive o Palácio do Planalto!  

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