A noite das longas facas, ou então "Noite dos longos punhais" aconteceu de 30 de junho a 1° de julho de 1934, na Alemanha. Adolf Hitler queria eliminar seus principais opositores, aqueles que deviam algo a ele ou então que não lhe prestavam apoio incondicional. Com execuções extrajudiciais matou a cúpula do "strasserismo", movimento ligado a Gregor Strasser e Ernst Röhm, inimigos de seus maiores admiradores e aliados. Assim acabou com a Sturmabteilug ou SA e fez com que as SS ou Schutzstaffel se tornassem o maior grupamento paramilitar da Alemanha Nazista comandado pelo próprio Hitler além de Hermann Göring, Heinrich Himmler e Reinhard Heydrich. Só nessa noite 85 pessoas foram mortas.
Notem em que o movimento "Punhal verde amarelo" se inspira, de onde ele vem e o que o motivou a nascer e se desenvolver nas Forças Armadas do Brasil que, miseravelmente para todos nós, têm uma longa tradição golpista externalizada com força logo após a queda do Império, no final do século XIX e depois "consolidada" ao longo da República. Sim, senhores, a queda do Império foi um golpe de Estado, talvez o único levado a cabo com total sucesso até hoje no Brasil. Os herdeiros do trono brasileiro sabem disso e por esse motivo ingressaram na política republicana atual apoiando o genocida inelegível Bolsonaro que poderia, quem sabe, dar-lhes um dia apoio ao projeto politicamente arcaico de tentar a volta da monarquia brasileira, ainda que só no papel e sem poder de fato.
É um movimento de covardes esse tal "Punhal verde amarelo". Prostitui as cores da bandeira brasileira, hoje tomadas pela extrema direita política que o genocida inelegível representa e ainda tenta fazer renascer com mais força do que antes, do que no Estado Novo e na Ditadura Militar de 1° de abril de 1964, o golpismo brasileiro. Sem a menor cerimônia esses canalhas hoje ocupando vários espaços na sociedade brasileira, sobretudo em instituições civis dos mais diversos matizes, principalmente as de caráter intelectual, buscam sabotar o Estado Democrático e de Direito através de golpe de Estado clássico travestido de adereços legais, ou então corroendo-o de dentro para fora.
Ao que parece nossa sociedade conservadora e em alguns casos reacionária está aos poucos acordando de seu longo sono em berço esplêndido. As mais recentes pesquisas de opinião pública mostram que o movimento que tentou impedir a posse de um presidente constitucionalmente eleito por meio de violência perde apoio popular. E também que o inelegível genocida Bolsonaro está se exaurindo como força política de extrema direita. Mas isso só não basta. Ainda resta caçar os milhares de filhotes bastardos que ele pariu e hoje andam pelo Brasil tentando retirar do túmulo político onde se encontra esse cadáver de projeto de ditador de aldeia. E essa tarefa será cumprida, mesmo que demore.
Ainda estamos aqui!
Um comentário:
Cada vez gosto mais de seus artigos. Assinaria sem tirar uma vírgula. Parabéns por enfrentar com as armas que tem a canalhada golpista!
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