Conversa de botequim produz cada coisa...
Lembrávamos de 1964. Logo depois do 31 de março, o jornalista Darly Santos e o músico Maurício de Oliveira, ambos militantes do PCB, o antigo Partidão, foram presos e levados para o 38º Batalhão de Infantaria em Vila Velha, região metropolitana da Grande Vitória.
Diante deles, um coronel mal encarado. Virou-se para o primeiro, Darly, conferiu o nome e disparou queima-roupa:
- O senhor é comunista.
- Não, sou jornalista - respondeu ele.
O coronel virou-se para o segundo, perguntou o nome e, antes que pudesse continuar, veio a afirmação angustiada do outro lado:
- E sou violonista!
Os dois foram soltos. Eram enfáticos demais para a lógica da tal "revolução".
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