Noite de 16 de maio de 2007. O Jornal Nacional leva ao ar um telefonema gravado de um Juiz de Direito de nome Dória, envolvido com praticamente tudo o que pode ser considerado condenável na vida pública. Ele diz a um interlocutor, a propósito de receber do Estado indenização em nome de sua mulher, sem recorrer a carta precatória, que a quantia de R$ 300 mil é "uma merreca". Em seguida, que dará 25 por cento a seu interlocutor. E esse interlocutor é um coronel da PM, assessor direto do governador do Estado do Rio de Janeiro.
Logo em seguida aparece o advogado do Juiz, dizendo que não havia encontrado nada de condenável nas declarações do "magistrado". E este, em seguida, em off, dispara: "Vou provar a minha inocência". Isso tudo acontece na véspera do dia em que a Polícia Federal prende mais uma gang completa de figurões envolvidos em falcatruas.
Em tempo: no mesmo noticiário do dia 16 foi noticiado que no Brasil funcionários públicos do Poder Executivo envolvidos em roubalheira são processados e demitidos, sem direito a nada. No caso do Poder Judiciário, eles só podem ser aposentados sem perda de vencimentos . Nada além disso. As leis não permitem.
Pergunta-se: até quando vamos viver num país assim?
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