Algumas pessoas passam pela vida silenciosamente. Cerimoniosamente. E isso, embora façam muito pelos outros. Na última quarta-feira, Carlos Orlando Silva Viana, o Baianinho, foi embora. E combinou que só os amigos mais chegados iriam ao velório. Fiquei sem saber do ocorrido até ontem, quando recebi um e-mail de um amigo comum.
Quem não é de Vitória e tem menos de 40 anos certamente não o conheceu. Fundou um clube que era só amor à camisa, o Fluminensinho. Depois disso, dedicou boa parte de sua vida a comandar uma escolinha de futebol-de-salão, que hoje se teima em chamar de futsal, no Clube de Natação e Regatas Álvares Cabral, outra paixão sua.
Honesto à medula, abandonou o clube e sua história de vida para não conviver com gente que não respeitava. Recolheu-se ao Centro de Vitória, à sua vidinha de solteiro, às suas visitas diárias à Praça Costa Pereira até que uma doença chegou, o prostrou e matou.
Baianinho era uma figura incomum. Dificilmente haverá outro parecido. O amor às coisas tem hoje uma dimensão muito diferente da dele. Infelizmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário