Um amigo com quem me encontrei por esses dias, quase às gargalhadas contou-me o que ouviu de um deputado capixaba na Assembleia Legislativa do Espírito Santo: "Aqui a gente precisa se amarrar em algum lugar, como o Jorge Amado (sic!) escreveu, para resistir aos cantos das sereias. E as sereias estão em toda parte, por aqui e por ali."
Não posso dizer o nome do meu amigo, que trabalha na Assembleia. Também vou omitir o do deputado, pois ele poderia retaliar. Mas tenho ganas de mandar a ele um exemplar da Odisseia, de Homero, para que ele a leia. Verá que nesse texto, um dos mais representativos já escritos, o heroi Ulisses se amarra ao mastro de seu navio para não ser seduzido pelo canto das sereias.
As sereias da política brasileira não são lindas como aquelas. Se a gente pegar os jornais, ouvir as rádios e ver TV, vai tomar conhecimento de que um pouco menos de meio milhar de apaniguados do Congresso Nacional ganha às vezes mais de 300 por cento o teto máximo do funcionalismo público. Vai tomar conhecimento de que o presidente do Senado usa jatinhos em viagens particulares. Que ninguém vota nada sem antes ouvir as opiniões do Palácio do Planalto (aqui, do Palácio Anchieta) ou então confirmar se algum dinheiro de emendas parlamentares já foi liberado para currais eleitorais os mais variados. Ou então, o que acontece no mais das vezes, para ONGs de fachada onde o dinheiro público é simplesmente roubado.
O ilustre parlamentar capixaba, que responde a alguns processos na Justiça, não precisa se preocupar se alguma sereia o tirar do navio, digamos desamarrando-o do mastro. Ele está louco para isso. E seus companheiros de sedução, na maioria dos casos cedem. Já as sereias de hoje se prostituíram de todas as formas. Mas quem se preocupa com isso? Sedução é sedução.
Não posso dizer o nome do meu amigo, que trabalha na Assembleia. Também vou omitir o do deputado, pois ele poderia retaliar. Mas tenho ganas de mandar a ele um exemplar da Odisseia, de Homero, para que ele a leia. Verá que nesse texto, um dos mais representativos já escritos, o heroi Ulisses se amarra ao mastro de seu navio para não ser seduzido pelo canto das sereias.
As sereias da política brasileira não são lindas como aquelas. Se a gente pegar os jornais, ouvir as rádios e ver TV, vai tomar conhecimento de que um pouco menos de meio milhar de apaniguados do Congresso Nacional ganha às vezes mais de 300 por cento o teto máximo do funcionalismo público. Vai tomar conhecimento de que o presidente do Senado usa jatinhos em viagens particulares. Que ninguém vota nada sem antes ouvir as opiniões do Palácio do Planalto (aqui, do Palácio Anchieta) ou então confirmar se algum dinheiro de emendas parlamentares já foi liberado para currais eleitorais os mais variados. Ou então, o que acontece no mais das vezes, para ONGs de fachada onde o dinheiro público é simplesmente roubado.
O ilustre parlamentar capixaba, que responde a alguns processos na Justiça, não precisa se preocupar se alguma sereia o tirar do navio, digamos desamarrando-o do mastro. Ele está louco para isso. E seus companheiros de sedução, na maioria dos casos cedem. Já as sereias de hoje se prostituíram de todas as formas. Mas quem se preocupa com isso? Sedução é sedução.