
É um absurdo!
O número de paupérrimos no Brasil cresce na exata proporção do crescimento da irresponsabilidade política, da incompetência e da corrupção. E dessa forma sobe também o número de brasileiros que recebem esse auxílio, bem como o desembolso necessário a seu pagamento. E isso, com as outras promessas de campanha, está se tornando uma bola de neve. Há um Brasil que trabalha ou que trabalhou a vida toda até se aposentar sustentando um outro Brasil que não produz.
O Bolsa Família ou o que quer que o substitua um dia, deveria ser um rito de passagem. As pessoas que estão em estado de penúria receberiam esse auxílio do Estado enquanto esse mesmo Estado tentaria recolocá-las no mercado de trabalho ou as capacitaria para determinadas funções profissionais. Findo esse período e iniciadas ou reiniciadas as atividades produtivas, ele seria cancelado. Afinal, o que dignifica o homem é ser sustentado por seu labor.

Esse talvez seja o maior drama do Brasil de hoje. A malandragem apoiada pelo poder público já criou entre nós uma geração de parasitas que agora precisa ser sustentada com o dinheiro do contribuinte. Um dinheiro que deveria ter destinação muito mais nobre. Temos uma espécie de SUDENE da esmola institucional que se tornou câncer na nossa estrutura governativa. E serve para eleger e reeleger todos os que fazem da demagogia uma arma política de alto calibre.
Agora há um presidente eleito que prometeu aumento do Bolsa Família, bem como 13º salário. Vai chegar o dia em que um deles, para alcançar o Palácio do Planalto, prometerá a aposentadoria àqueles que não trabalham e, portanto, não vão voltar a trabalhar jamais.