Tenho o pressentimento de que o presidente Jair Bolsonaro foi avisado pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, de que o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, teria seu apartamento em Santos alvo de busca e apreensão por ordem de um juiz federal. Também, pressentimento meu, num gesto de magnanimidade, ele avisou seu ex-companheiro desse desagradável fato. Também aproveitou para pedir a ele para destruir em sua casa documentos íntimos de família, pois isso deve ficar a quatro paredes. E fez tudo isso de Nova Iorque. Que amigão!
Também é pressentimento meu que o ex-ministro fez a limpeza. E depois, quando preso não foi transferido para Brasília e somente para São Paulo, pois ele e os pastores Gilmar e Arilson esperavam uma decisão judicial de relaxamento de prisão. Quanta certeza! Não prestaram depoimento, não cumpriram os trâmites processuais comuns a esses casos, mas isso não tem a menor importância. Afinal, Arilson não precisou cumprir a ameaça de "destruir todo mundo", como disse em mensagem gravada com autorização judicial.
Tenho o pressentimento de que o governo federal vai continuar protegendo Milton et caterva até onde for possível. Afinal ele é um arquivo vivo, não pode ser eliminado do dia para a noite como ex-servidor da FUNAI, e se abrir a boca em desespero pode, sim "destruir todo mundo". Ele, Gilmar e Arilson. Mais um pressentimento: no Palácio do Planalto deve ter crescido muito o consumo de remédios para dormir. Afinal, ninguém é de ferro.
Jair Bolsonaro brinca com a sorte. Somente de forma pública ele já disse em mais de uma oportunidade que obter informações privilegiadas é algo de que não abre mão. E controlar a Policia Federal, também. Só que a PF é órgão de Estado e não de governo, o que torna crime (de responsabilidade?) a obtenção de informações sigilosas, ainda mais para proteger amigos e familiares como ele faz.
Por último, tenho o pressentimento de que se esse presidente perder a reeleição seu futuro será negro. O seu e os dos principais assessores que, com ordens e pressão dele precisam desrespeitar as leis em vigor no País para agradar ao chefe e manter empregos à custa de suas honras.
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