Com o fim da II Guerra Mundial o avanço soviético sobre países da Europa ocidental produziu a Organização do Tratado do Atlântico Norte, o contraponto ao Pacto de Varsóvia. Isso até 1991 quando a dissolução da União Soviética fez tudo perder sentido. Mas a OTAN prosseguiu e agora avança sobre o Leste com o claro intuito de chegar às fronteiras russas. Quando o império soviético caiu ficou mais ou menos implícito que a Ucrânia não ingressaria no Tratado porque os russos mantinham sua frota no Mar Negro, precisavam de livre acesso ela pela Criméia, não abdicariam a isso e não iriam tolerar armas nucleares na sua fronteira. A guerra aconteceu porque Putin, um autocrata, não aceitou recorrer aos organismos internacionais como o Conselho de Segurança da Organização e Zelensky foi incentivado pelos países ocidentais a simplesmente esperar a guerra. Não houve negociação alguma, a não ser de fachada.
E agora, José? Agora é necessário que haja mesmo um esforço diplomático para por fim à carnificina e à destruição da Ucrânia. Mas esse esforço só terá sentido se for feito com a busca de soluções e sem que se aponte culpados. Não há inocentes ou virgens em diplomacia internacional e quem sabe tratar desses assuntos são os diplomatas. Não é o caso de Lula que sequer deveria ter dito diante de Xi Jinping (foto) que ninguém vai impedir o Brasil de ampliar suas relações com a China. Claro que não, mas isso não deve ser falado em nome das boas relações internacionais. O ruído nessas relações sempre leva a atritos e o presidente brasileiro já tem inimigos internos suficientes. Deve deixar o plano externo livre.
Alguém próximo deveria dizer a Lula que há um Brasil a ser reconstruído e isso é tarefa dele. Todos os brasileiros o conhecem, sabem de sua verborragia e querem que ele se concentre apenas no trabalho necessário. Se fizer somente isso o bolsonarismo é quem dará bom dia a cavalo. E ele está doido por esse protagonismo! Não consegue esperar a hora!
Um comentário:
Brasil a ser construído…
Muito bom!
Parabéns!
Queremos que o Presidente se concentre no seu trabalho…
Apenas estas premissas já são bastante desafiadoras para um presidente disposto a fazer a conciliação entre poderes.
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