4 de abril de 2024

Teologia do Domínio, o inimigo!


Muitas vezes a gente se depara com esforços voltados ao domínio do inimigo errado.  Aqui no Brasil estamos às voltas com o combate ao que se chama de "bolsonarismo" e que é representado pelos projetos e ideais (sic!) dos seguidores do penúltimo presidente da República. O maior inimigo, o mais poderoso, se esconde por trás dele. E não está só no nosso país, mas sim tentando tomar boa parte do mundo através das falas grosseiras e provocativas, belicosas sim, da extrema direita mundial. Refiro-me ao que se chama de "Teologia do Domínio", e que cresce nos esgotos da extrema direita religiosa.

Recentemente, na maior exposição pública do bolsonarismo em São Paulo, a mulher do ex-presidente, Michele Bolsonaro, deixou claro que sua intenção como representante desse grupo é levar o extremismo religioso a tomar o poder. Fazer no Brasil um "estado cristão" em substituição e contraposição estado laico que temos e no qual foi construída a identidade nacional multiétnica, plurirreligiosa e que não congrega apenas cristãos, mas praticantes de diversos outros credos, alguns de povos originários, outros trazidos da África e que constituem um universo de crenças e valores responsável por nossa identidade como povo.

E também por nossa paz interna! 

O candidato a presidente do Estados Unidos, Donald Trump, lançou uma "bíblia". Nela ele insere a fina flor do pensamento extremista dos EUA onde também quer um estado cristão e onde identifica seus maiores inimigos como sendo imigrantes dos mais diversos lugares, mas preferencialmente de estados latinos. Chama-os de "animais", dentre outras coisas. Segue a cartilha de extremistas da Hungria, Itália, Israel, Portugal e outros países onde essa parcela do pensamento político escala o poder usando meios legais que depois serão destruídos porque o extremismo de direita vive em função de domar os detratores que faz.

Eis nosso inimigo mais perigoso. Ele vai tentar tomar o poder para depois destruir o Estado Nacional que temos e colocar em seu lugar um arremedo de Brasil, um monstrengo de inimigos uns dos outros e onde, como já preconizou o ex-presidente que comanda seu exército de idiotas, inocentes úteis e outros nem um pouco inocentes, para tentar destruir toda a estrutura do país erguido a tão duras penas por nós, sobretudo após a ditadura militar. Essa a hora de começarmos e combater o aleijão teológico e político. Depois pode ser tarde.

Quem viver, verá!

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