24 de julho de 2008

O gênio esquecido


O cidadão na foto aí ao lado foi um dos maiores brasileiros de todos os tempos. Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 - Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) é o escritor brasileiro considerado um dos mais importantes nomes da literatura desse país e identificado pelo crítico Harold Bloom, além de outros tão importantes quanto este, como o maior escritor que a humanidade já produziu.
De sua vasta obra, que inclui ainda poesias, peças de teatro e crítica literária
, destacam-se o romance e o conto. É tido como um dos criadores da crônica no país, além de ser importante tradutor, vertendo para o português obras como Os trabalhadores do Mar, de Victor Hugo e o poema O Corvo, de Edgar Allan Poe. Foi também um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e seu primeiro presidente na também chamada de Casa de Machado de Assis.

Reparem na data da morte dele. Repararam? Pois vai ser completado um século. E o Brasil simplesmente não homenageia isso. Quem passar pelas livrarias vai encontrar dificuldades para localizar mais de dois ou três títulos seus, isso se tiver sorte.

Mulato num país escravocrata, pobre, gago e epiléptico, ele tinha tudo para ser um fracassado na vida. Mas era um gênio. Quem um dia quiser ter uma aula sobre como escrever narrativa, pode ler alguma coisa dele. Não precisa nem ser muito. Basta um conto. Só a "amostra grátis" já serve como um curso de pós-graduação.

Mas ele era brasileiro, coitado. E como ocorre com a maioria dos brasileiros de valor incontestável, de estatura que merece ser copiada, foi simplesmente esquecido.

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