Hoje, e essa afirmação não carece sequer de comprovação, é mais fácil passar nos mais concorridos vestibulares brasileiros do que ingressar no serviço público. As melhores colocações desta área são objeto de desejo de milhares de candidatos, muitos dos quais passam anos estudando e frequentando cursinhos específicos.
Então, podemos afirmar sem medo de errar: está ingressando atualmente no serviço publico brasileiro a nata de nossa intelectualidade. Os melhores técnicos de nível médio e os mais brilhantes formando de cursos superiores.
O que significa isso? Significa que corremos o risco de ver todos esses talentos serem desperdiçados, serem destruídos pelos vícios desse setor no Brasil.
Dentro em breve, a esmagadora maioria estará chegando ao trabalho às nove horas ou mais. Saindo dele no máximo às 17 horas. Estarão quase todos lutando por mais feriados, por "enforcamentos" dos já existentes e fazendo "cera" nas repartições. Feriados de terças-feiras "enforcam" as segundas. O das quintas-feiras, "enforcam" as sextas. E assim por diante. Aperfeiçoamentos profissionais serão raros. E dentro de pouco tempo, esses jovens servidores não serão mais os melhores. Estarão todos contando os meses, os dias, para a aposentadoria.
Muitos economistas e outros profissionais preocupados, como juristas, pedem uma reforma na legislação do serviço público. Com a instituição da meritocracia e a diminuição dos privilégios hoje existentes. Eles não levam ao crescimento. Ao contrário, encaminham o indivíduo à destruição de suas qualificações profissionais.
E os servidores se acomodam ganhando dinheiro público. Não trabalham graças aos nossos impostos. Deixam de crescer acreditando em despreocupados finais de vida.
Notem: todos os que se inscrevem nos concursos fazem isso porque terão "garantias" se aprovados. E essas garantias durarão o tempo que houver entre a contratação após o concurso e a aposentadoria. Um "sonho" de situação trabalhista!
O servidor público brasileiro tem que ser um agente de mudança. Da mudança dessa situação. Ele é o mais interessado, embora muitos não se apercebam disso!
Um comentário:
Peeerfeito, o post.
Ninguém mais quer SER médico,biólogo, psiquiatra (muito necessário), oceanógrafo, filósofo (!), engenheiro, NADA.
Todo mundo agora sonha em estabilidade empregatícia vitalícia.
Não sabem o quanto PERDEM de vida com essa estabilidade.
Dá dó.
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