Ratinhos saem para se alimentar. No esgoto a comida já era pouca |
Não se iludam. Ou a população brasileira continua nas ruas pressionando as diversas instâncias de poder, ou ela luta por reformas institucionais necessárias e urgentes ou os ratos vão continuar falando macio e depois sair às ruas quando a comida diminuir. Então, num País que já tem o Ministério das Tilápias, pode-se criar o das tainhas, galinhas, porcos, etc. Tudo isso vale dinheiro.
A ordem geral nas instâncias de poder é mudar no varejo. E quanto menor for esse varejo, melhor. Alguém já falou em diminuir o número de ministérios, sobretudo aqueles criados para subornar políticos e partidos com dinheiro público? Não, claro que não. A não ser indiretamente o PMDB demonstrou "boa vontade". Abre mão de um dos seus ministérios de aluguel. Para quem ele vai é irrelevante. Contanto continuem sendo 39 no total. e por enquanto...
Em Vitória, no Espírito Santo, luta-se, dentre outras coisas, pelo fim da cobrança de um pedágio cobrado aos que trafegam na chamada Terceira Ponte e que penaliza a todos. De início, os deputados eram todos a favor desse término. Agora já há resistências, dúvidas constitucionais, etc. Alguém pediu vistas à matéria e por trás da mudança de comportamento pode-se notar ratos trafegando à noite pelos esgotos que cercam o Poder Legislativo. Talvez vindos da ponte. A obra já foi paga, pois o pedágio existe há anos. E ela o cobra nos dois sentidos embora na esmagadora maioria dos casos esses pagamentos sejam feitos em sentido único. Afinal quem vai, volta. E essa ponte liga duas cidades de uma região metropolitana. Trabalha-se em uma e vive-se na outra.
A revista Época desta semana listou os cinco maiores pleitos dos brasileiros: combate à corrupção, melhores meios de transporte, educação de qualidade, saúde de Primeiro Mundo e segurança para todos. Os cinco podem ser atendidos, pois temos recursos para tanto.
Fiquemos acordados. A Terceira Ponte de Vitória/Vila Velha é apenas um exemplo de como o que se promete não é cumprido. Como não há vontade política. Afinal, se romper o contrato é inconstitucional, cabe à Justiça dizer isso. Vamos continuar nas ruas. Vamos pressionar. Não vamos parar. Evitemos apenas atos de provocação, violência, pois eles só favorecem o outro lado. Àqueles que querem continuar a usar jatos executivos da FAB para ver os jogos da Seleção com o meu, o seu, o nosso dinheiro. Aliás, como sempre se acharam no direito de fazer.
Lembrem-se: os ratos têm hábitos noturnos.
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