
Deixo aqui um registro: sou hoje o mesmo Álvaro que um dia militou no Partidão, com as mesmas crenças políticas, a mesma ideologia e, sobretudo e principalmente, os mesmos princípios: não tolero ladrões. Sobretudo e principalmente os de dinheiro público. Por isso, acho imperativo que o Brasil seja passado a limpo, varrido, faxinado. E isso tem que começar pela cúpula do poder.
Os que quiserem me chamar de coxinha podem fazê-lo à vontade. Não passei a ser um homem de direita, apenas continuo sendo direito. Às vezes na vida é preciso parar, pensar e acusar aqueles que fingiam estar ao lado dos planos de justiça social e de progresso, mas fizeram disso uma cortina de fumaça para poder roubar, engodar seus cofres e os de seus apaniguados. E ainda têm o desplante de se defender acusando terceiros, tentando rotular os adversários e se denominando ou "a alma viva mais honesta desse País" ou então "ilibada". Esse tipo de coisa é mais do que suspeita.

Virou moda acusar aqueles que lutam contra o governo federal de estar ao lado, "da Globo, de Veja, de Época, de IstoÉ, da imprensa golpista em geral, inclusive de Vitória". Tem muito mais gente honesta nesses meios de Comunicação do que entre aqueles que batem no peito arrotando virtudes que não existem e proclamando a valentia dos covardes. Cegueira política é um mal que não tem cura. E esquerdismo tardio, sem base alguma, algo que pode ser manipulado por malandros.
Votei em Lula em 2002. Tinha esperança de que velhos militantes de esquerda fossem capazes de, dentro da legalidade, lutar pela construção de uma sociedade mais justa. Enganei-me. Havia ajudado a eleger uma quadrilha de bandidos sem princípios. E formada até por gente que no passado lutou nas ruas, foi presa política e exilada. Onde esses canalhas jogaram seus ideais?
Eu, de minha parte, continuo o mesmo.
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