Não sei se o problema é minha incapacidade de entender os estúpidos ou se tenho mesmo má vontade para com o cidadão hoje ocupante da presidência da República. Sei lá. Mas toda a vez que ele abre a boca fico imaginando se estou diante de uma pessoa normal ou não. Porque algumas declarações e alguns atos praticados por ele desafiam a razão, a sanidade. O último exemplo foi uma fala irresponsável à entrada do Palácio da Alvorada, quase desaconselhando a campanha de vacina anti-Covid-19 e que gerou a imagem assustadora da peça publicitária acima, produzida quase imediatamente pelos bajuladores de plantão. E o mais inacreditável é que a manifestação de Bolsonaro agride uma lei assinada por ele próprio.
Os médicos sabem bem mais do que nós, leigos, dos imensos benefícios advindos das inúmeras campanhas de vacinação já feitas no Brasil. Várias doenças graves foram erradicadas em decorrência desse esforço. E sempre houve discursos vazios pregando a não vacinação. Como eram episódios pequenos, circunscritos a grupelhos, jamais foram levados em conta. Mas agora, não. Hoje os discursos anti-ciência estão vindo da estrutura de poder. E o presidente usa de seu prestígio pessoal para atentar contra tudo o que pode levar o Brasil a um patamar científico digno de respeito entre os países mais importantes da atualidade.
O presidente desconhece a ciência como elemento fundamental para a vida dos povos. Agride o ensino com a desculpa torpe de estar com isso combatendo "as esquerdas". Dá pouca ou nenhuma importância à medicina, em plena pandemia da Covid-19, porque os homens da ciência se recusam a entrar em seu jogo de eleger um medicamento sem comprovação científica como sendo a solução definitiva para a doença. E nem bem seu (des)mandato chegou à metade e já está em plena campanha por reeleição, jogando o jogo sujo das demagogias baratas e fazendo acordos espúrios com as alas comprometidas do Congresso para garantir apoio popular. Segundo muitos economistas de destaque no cenário nacional e internacional, essa postura poderá levar o Brasil à bancarrota.
O que ele quer? O que o falso Messias pretende fazer? Está cercado de pilantras, vive lutando para impedir que investigações sérias sejam levadas a cabo quando se aproximam ou tocam na sua família, e investe contra qualquer pessoa, seja quem for, se entende ser esse indivíduo um obstáculo a seus planos - sagrados planos para ele - de se reeleger em 2022. A qualquer custo.
Agora até mesmo o filho mais novo, ridiculamente chamado 04, quer ingressar no mundo dos negócios. Qualquer negócio! E já promove reuniões de Estado nesse sentido. Dá voz de comando a ministros, secretários federais, etc. Que diabo é isso? O que ele quer? O que pensa estar fazendo? Mas, melhor do que isso: o que queremos nós de braços cruzados?
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