Uma das maiores críticas que se fazia ao ex-presidente Bolsonaro era a de que ele só falava para seus apoiadores, estivesse onde fosse. Fazia isso costumeiramente no "chiqueirinho" do Palácio da Alvorada, em discursos de solenidades e até mesmo na OUN, nessa em duas ocasiões. E como Lula pediu no seu primeiro pronunciamento como presidente para ninguém se fazer de puxa-saco com ele, dou minha contribuição aqui: não repita os erros do genocida. E pense muito antes de falar.
Na Argentina Lula usou os locais de pronunciamentos, inclusive quando estava junto ao presidente da Argentina, Alberto Fernández (foto) para alfinetar o antecessor. E em dado momento durante o périplo que envolveu também o Uruguai, ocupou-se do episódio do impeachment de Dilma Roussef para chamá-lo de "golpe de Estado". Nada mais falso. Foi, sim, uma grande injustiça provocada sobretudo e principalmente pela falta de tato da ex-presidente. Nada mais do que isso, pois o processo teve à frente o presidente do Supremo Tribunal Federal, na época Ricardo Levandowski. E esse foi apenas o erro mais crasso.
Lula, nos últimos tempos, ocupou-se do passado praticamente em todos os pronunciamentos. Nós conhecemos seu episódio de 580 dias preso e o fato de que ele proclama inocência aos quatro ventos. E só o próprio presidente pode saber qual é o grau de sinceridade que existe nessas declarações. Também já reclamou do mercado, das reações às suas falas (então era melhor não falar!), do comportamento de parte da oposição e da imprensa marrom. Também atacou o ex-presidente Michel Temer e levou um contra-ataque pesado. Chega, está na hora de parar e focar em frente. No futuro.
Temos um Brasil por ser reconstruído e o chefe do Executivo precisa ser o artífice dessa reconstrução. Sua ministra da Saúde tem falado sempre sobre projetos e os problemas da pasta. Está mostrando serviço, tornando-se importante no governo e jamais usou da sua capacidade de manifestação para atacar os que a antecederam, embora todos sejam "pratos cheios". Sobretudo e principalmente o general Eduardo Pazuello, figura decrépita e que conseguiu ser pior do que Queiroga somente pelo fato de que não era médico e quando abria a boca para tocar em assuntos de saúde, dela só saiam leviandades.
Que tal, Lula, começarmos a reconstruir o Brasil? Sabemos que você é um pote até aqui de mágoas, mas tente depurá-las. Seu antecessor hoje corre o risco de ser processado pelo Tribunal Internacional de Haia. Como perdeu e eleição, não tem mais meios de exterminar os índios e destruir totalmente a Amazônia. Virou um cadáver politico morto de medo. Não é bom isso? Lute pelos indígenas, ataque de frente o garimpo ilegal e os madeireiros igualmente foras da lei. Proteja nossos ecossistemas, ajude-nos a salvar a Amazônia e entre para a história. Evite pronunciar o nome do genocida. Não se chuta cachorro morto.
3 comentários:
São perfeitas e bem oportunas as suas observações. Alguém precisa falar isso. Quem? Janja? Ou todo mundo o aplaude? Esse é o erro!
“Temos um Brasil por ser reconstruído e o chefe do Executivo precisa ser o artífice dessa reconstrução”.
Sinceramente ? Estou com medo da coisa não andar!
Parabéns Álvaro, pelo teu comentário. O nosso governante tem que ser engrandecer e governar para que tenhamos um país bom de ser viver.
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