Os acontecimentos de hoje nos Estados Unidos mostram que o governo de Donald Trump, já chamado de novo Hitler até por parte dos norte-americanos, (o que pode ser visto pela foto acima) tem a intenção de escalar a crise contra o Brasil por causa do condenado Jair Bolsonaro, seu bibelô da extrema direita. E como nenhuma provocação partiu de autoridades brasileiras, é imperioso que nosso País enfrente a situação com altivez e sem medo. Sem medo de nada, absolutamente, e dizendo isso no discurso do presidente Lula na ONU.
Hoje, enquanto escrevo esse texto, os fatos se acumulam. Foi anunciado que a Lei Magnitsky acaba de ser aplicada contra a mulher do ministro Alexandre de Morais que, em princípio, nada tem a ver com a atuação do marido no Supremo Tribunal Federal. E também que acaba de ser cassado o visto de entrada naquele país do Advogado Geral da União, Jorge Messias. Ato contínuo, o Procurador Geral da República, Paulo Gonet Branco, denunciou o deputado federal Eduardo Bolsonaro e seu comparsa Paulo Figueiredo por "coação em processo judicial" por causa da atuação de ambos nos Estados Unidos, onde eles pela manhã, à tarde e à noite, todos os dias, torpedeiam nosso país para tentar salvar o pai do primeiro da cadeia que o espera se a sentença judicial for cumprida.
É uma situação inusitada. Nem nos meses que antecederam o golpe de Estado de 1964, quando os Estados Unidos atuaram decisivamente para ajudar na deposição do presidente João Goulart, o relacionamento institucional Brasil-EUA esteve tão fragilizado. E agora o presidente ianque faz sua interferência às claras e declaradamente para tentar impedir que a Justiça Brasileira puna um priminoso de forma exemplar. Isso não é negociável.
Hoje mesmo o jornal O Globo circulou com o editorial "Lula deve adotar tom sereno em discurso na ONU". Foi escrito ontem para circular hoje e seria a dosagem certa caso os Estados Unidos não tivessem mais uma vez investido contra o Brasil. Mas agora seu "tom" está vencido. Claro que não devemos descer ao nível de Trump e Marco Rubio, mas a hora é de o presidente falar na ONU denunciando os desmandos ilegais do governo norte-americano, reafirmando a soberania brasileira e dizendo em Nova Iorque o que sempre dizem os brasileiros verdadeiramente de bem: o STF nos representa.
Haverá muitos desdobramentos desses últimos acontecimentos. É impossível saber até onde pretende ir o governo do novo Hitler, mas ele precisa ser detido ou enfrentado. Se os britânicos acham que o melhor remédio para a psicopatia do homem da peruca loira está em uma visita de Estado ao Castelo de Windsor e com muitos regabofes, como diria um antigo humorista brasileiro, "há controvérsias". Há também meios legais no plano internacional para enfrentar esse tipinho e não vemos hoje outra alternativa senão fazer isso.
O Supremo Tribunal Federal condenou o ex-presidente com base em uma carrada de provas. Alexadre de Morais é o titular do processo, mas outros ministros teriam feito o mesmo, de modo que envolver sua mulher nessa lei estrangeira é um absurdo completo. O advogado geral da União tem por obrigação defender o Estado Brasileiro e isso é o que faz. Retirar seu visto porque ele cumpre suas obrigações é outro desatino. Parece piada de humor negro.
A Venezuela, que tem um governo amplamente contestado, está sendo cercada pela Marinha de Guerra dos Estados Unidos sob acusação de ser narcotraficante. Isso não é verdade. Nos EUA mesmo direitos são retirados de nacionais que lá vivem, jornalistas têm que submeter seus textos às novas autoridades antes de publicar, as universidades são vítimadas por toda sorte de coerção, a ciência vem sido desconsiderada em diversos setores e, enquanto isso tudo acontece, o chefe de Estado defende a "liberdade". A mesm que Hitler defendia!
Vamos lutar por nossa democracia e soberania. O Brasil não é a Venezuela.

Um comentário:
Um retrocesso na sociedade estadunidense
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