Nada, mas nada mesmo oxigena mais a democracia do que o confronto de ideias. Dois ou mais candidatos a um cargo público expondo seus projetos, ideológicos ou não, seus planos de ação e, com isso, buscando obter os votos dos eleitores. Sinto asco quando leio, vejo ou ouço essas conversas de "unidade" cercando candidaturas políticas como ocorre hoje quando se projeta a disputa para o Palácio Anchieta.
Essa "unidade" quer dizer acordos, muitos dos quais escusos, conchavos de bastidores, a maioria deles envolvendo divisão de cargos. É o mesmo que o discurso da "governabilidade". O Legislativo a troca por nomeações de apaniguados, grande parte cabos eleitorais ou caciques políticos de primeiro, segundo e terceiro escalões.
Eis a raiz de grande parte da corrupção politica no Brasil. Enquanto não fizermos do confronto de ideias a essência de nosso debate eleitoral, estaremos sujeitos à promiscuidade de todas as eleições, sejam elas municipais, estaduais ou federais.
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