14 de setembro de 2006

Acordem, senhores!

Grande parte do eleitorado mais esclarecido do Brasil, a chamada "inteligentzia" (que, em alguns casos, se confunde com a "burritzia")questiona um fenômeno: como um governo populista, demagogo, incompetente e envolvido direta ou indiretamente com escâncalos como é o caso do governo Lula, vai renovar seu mandato.
Ora, bola, olhem para trás. Elejam apenas um governante deste país que tenha ocupado o poder e o deixado com um rastro de real preocupaçao para com a solução dos endêmicos problemas de miséria, de injustiça social e de aberrante distribuição de renda no Brasil. Um apenas. Uma vez acastelados no poder, todos, literalmente todos, fartaram-se com o poder e suas maravilhas. As ações de Estado desenvolvidas tiveram, com raríssimas exceções, o caráter de permitir a perpetuação do status quo e de privilégios, que ou foram apenas mantidos ou então ampliados. Em cinco minutos discute-se reajustes que oneram em bilhões o Estado brasileiro. Leva-se meses e meses para decidir que tipo de migalhas premiará o salário mínimo.
É ou não é verdade?
Ou essa visão muda, ou surgem homens públicos com compromissos diametralmente opostos a essa questão - e isso nada tem a ver com ideologia -, ou então não se iludam: ao término de seu segundo mandato, Lula indicará a seu eleitorado quem deverá sucedê-lo no poder. E essa pessoa vai ganhar.
Acordem, senhores.

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