Que ninguém se iluda: o projeto atual de Jair Bolsonaro é deixar para seu sucessor - sobretudo se esse for o ex-presidente Lula - um Brasil economicamente arrasado, impossível de ser governado e entregue aos humores de um Congresso que sempre quer mais, muito mais, para satisfazer sua goela imensa. Agora ele tem meios e modos de exercer tal poder e o projeto está em andamento!
Os últimos movimentos, que envolveram até mesmo adesão covarde da oposição, são a prova concreta disso: o Brasil não tem hoje como gastar mais de R$ 41 bilhões somente em projetos não sustentáveis de "amparo" a caminhoneiros e paupérrimos, furando outra vez o teto de gastos. Todos sabemos que essa "ajuda de emergência" só dura até dezembro. Quando o mês de janeiro chegar teremos em nosso horizonte um país quebrado e que vai precisar apertar o cinto até sufocar cada um de nós, sobretudo e principalmente os mais pobres. O governo federal sabe disso, o gado que o apoia também, mas o mais importante para todos eles é manter o atual grupo à frente do poder até 2026. A qualquer preço.
No último cálculo feito os economistas chegaram a um número assustador em termos de dinheiro: a PEC que está para ser aprovada em definitivo pela Câmara dos Deputados no início da semana que entra representará um custo absurdo de R$ 343 bilhões, somados todos os itens do esforço do atual presidente para reverter sua espantadora desaprovação popular, incluídas as desonerações previstas. Tudo isso seria até mesmo elogiável em tempos calmos, se o Brasil tivesse dinheiro para gastar, estivéssemos distantes de uma eleição polarizada e se essa loucura não objetivasse a compra de votos de miseráveis (foto) que sobrevivem abaixo na linha de pobreza. Eles não sabem, coitados, que quando janeiro chegar tudo vira miragem no deserto e a miséria será ainda maior. Total!
Como se isso ainda não fosse suficiente, a decretação de estado de emergência não se ampara em fatos que a justifiquem sendo, então, ilegal. Inconstitucional! Apenas um artifício de malandros. Dessa forma, se algum partido ou membro do Congresso Nacional quiser levar o caso ao Judiciário - ao STF - , deve se decretada a inconstitucionalidade de todas as medidas. Quem tem peito para fazer isso agora? Quem vai ser patriota- aí finalmente se justifica o uso do termo - o suficiente para impedir a loucura? A pergunta cabe porque os dias passam e ninguém quer apostar sua carreira para salvar o Brasil.
O tempo urge, minha gente!
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