13 de setembro de 2022

O golpismo sobrevive...

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, cancelou uma reunião que haveria hoje com o ministro d a Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, para discutir pela enésima vez o processo eleitoral brasileiro, mais particularmente para as eleições de 02 de outubro. Por trás disso tudo está o medo de uma derrota do atual presidente para o adversário Lula, pois à medida que o tempo passa essa hipótese mais se avizinha. E as Forças Armadas do Brasil têm uma longa tradição de golpismo!

O ministro da Defesa não é burro para desconfiar das urnas eletrônicas, mesmo depois de tantos testes e simulações. Ele sabe que o presidente da República foi eleito durante 28 anos com essas urnas. E jamais as questionou quando era um medíocre deputado do baixo clero. Mas agora ele não quer perder o poder. E os militares pretendem manter suas boquinhas - ou boconas - que estão sendo cultivadas ao longo dos últimos três anos e oito meses, a cada dia que passa mais generosas. Principalmente não querem ver Lula de novo presidente.

Tudo o mais é balela. Os  militares sabem que as urnas são seguras, que não vai haver roubo porque nunca houve, mas é preciso criar um clima insurrecional que justifique o ato de força. Isso só não foi feito ainda porque não estamos mais em 1964 e um golpe de Estado isolaria definitivamente o Brasil no cenário internacional. Com custos inimagináveis. Mas uma parcela da Forças Armadas, a que se beneficia diretamente da forma como o presidente hoje governa não quer perder privilégios. Sobretudo não quer perder poder. Vai daí essa parcela sonha com um novo golpe de estado e o estupro da democracia.

O ministro Alexandre de Moraes fez bem ao cancelar a reunião. Não há mais o que ser discutido. Continuar com isso era pura e simplesmente aceitar uma pressão injusta, desonesta e desprovida de sentido. Uma pressão bem ao gosto do desespero de um presidente que não aceita perder eleição. Se essa pressão esconde mais outra, outra mais outra, até que uma tentativa de golpe chegue, que venha agora.

O Brasil precisa de que todos os patifes tirem as máscaras.

2 comentários:

Anônimo disse...

Cancelar a reunião é pouco. Deixa a porta aberta para um golpe

Anônimo disse...

Valei-nos!