Mas há aqueles que comungam dos ideais de Francisco, tais como Matteo Zuppi, o italiano arcebispo de Bolonha, o brasileiro Leonardo Steiner (foto vertical), arcebispo de Manaus e o senegalês Peter Turkson (foto principal), dentre outros. Todos podem ser sagrados papa. Mas, como se diz no Vaticano, na maioria das vezes acontece de alguém entrar no Conclave como favorito a papa e sair de lá Cardeal. Na prática todos os 135 príncipes da Igreja têm chances. Sempre foi assim. O próprio Francisco não era cotado até ser eleito em lugar de Bento XVI.
Por que é tão importante que o papa morto seja sucedido por alguém parecido com ele? Para que sua obra não pare. Não pereça. E isso para o bem da Igreja Católica. Dentre outras coisas o argentino de fala mansa e vontade firme ampliou o espaço das mulheres no clero, inclusive em funções no Vaticano. Muito importante. Nada justifica o fato de elas não poderem oficiar missas e exercer outros misteres hoje apenas masculinos. Francisco abriu essa discussão, mesmo com toda oposição que sofreu
Para o futuro, o que talvez não venha nem sequer a ser obra do papa eleito nos próximos dias, vai ser necessário discutir a questão do celibato. Se a igreja católica não quer continuar a esvaziar, esse tema tem que ser colocado à mesa. A não ser os reacionários, todos os demais católicos sabem de onde vem o vírus dos crimes sexuais, da pedofilia. E que a melhor maneira de combater esses males é mudar de dentro para fora. Ainda que isso reabra a discussão acerca do direito de sucessão, o que realmente preocupa a cúpula católica.
Francisco precisa de um sucessor à sua altura. De um Francisco II.
Nenhum comentário:
Postar um comentário