29 de julho de 2025

Chantagistas não podem vencer


Não se iludam: Jair Bolsonaro, ao longo da vida, usou e descartou pessoas à sua volta por conveniência, pois a ele só interessam parentes e seus objetivos pessoais. Agora vai ser descartado em breve por Donald Trump, que reza da mesma cartilha política e a quem só interessam metas estabelecidas e o grupo fechado de seguidores incondicionais (pelo menos até agora...) que o servem na Casa Branca e no Legislativo. É um chantagista profissional irreparável ao qual até a União Europeia teve que se render num acordo vexatório. A foto da Reuters, onde aparece Úrsula Van Der Laer com ele na "cerimônia" do acordo de tarifas com os Estados Unidos mostra isso de forma bastante clara.

O chantagista não pode vencer e esses dias são de incertezas. 

No plano internacional o Brasil está longe de ter o peso político dos principais países europeus, tanto no terreno da projeção financeira quanto no militar. Mas ainda assim não podemos nos curvar às pressões e autoritarismos do atual presidente dos Estados Unidos. De nossa pátria ele quer os 17 minerais estratégicos e o PIX, principalmente, mas também pretende mandar no Judiciário e trazer de volta à cena política ativa o ex-presidente em vias de ser condenado, pois dessa forma mandará e desmandará nos destinos deste "quintal". Que é nosso! Os principais  nomes da direita política nacional cederão a isso, mas a esquerda, não, e agora é hora de ela ser seguida pelos reais patriotas: negociar, sim; render-se, nunca.

Trump entende de televisão, de como fazer publicidade de si próprio e do jogo do poder. Da forma como Hitler foi um dia. Mas como na maioria dos casos de gente assim, também sabe até onde pode e deve ir. Não quer arriscar o mandato que tem e foi concedido a ele pelas urnas, nem ao menos para completar o sonho de exercer poder absoluto sobre os Estados Unidos. Agora mesmo está buscando meios legais de continuar a pressionar o Brasil e usando para isso figuras como os políticos que deixaram terras brasileiras para conspirar no exterior. Vai tentar apoio jurídico, o que já deve estar fazendo, mesmo da Escócia.

O professor do curso de Ética e Filosofia da USP,  Renato Janine Ribeiro, que também é respeitado como filósofo, cientista político e colunista postou na internet um pequeno texto sobre o assunto e que merece ser lido. Vamos a ele, na íntegra: "A fuga de vários políticos para o exterior me faz cogitar que talvez a CIA esteja preparando a formação de um suposto governo alternativo no Brasil, com fornecimento de armas e mesmo tropas. Como prepararam aqui mesmo, em 1964, com a Operação Brother Sam. Ficaram a postos para intervir e apoiar os governos golpistas de SP, Minas e Guanabara. Esse tipo de regime se chama 'quisling', do nome do nazista de 1940. Foi julgado e enforcado após a guerra. Vários outros também o foram. Com sorte, fuzilados. É preciso ficar alerta e forte."

Tive uma grande amiga, jornalista como eu, Jeanne Bilich, que tremia de medo de um novo golpe de Estado no Brasil. Eu dizia a ela a volto a insistir: golpistas existem em profusão e gente como Eduardo Bolsonaro, Paulo Figueiredo, Carla Zambeli, Do Val e outros nascem e se reproduzem como micróbios ou ervas daninhas que são. Mas não estamos mais em 1964 e as tentativas fracassadas de golpe de Estado de Bolsonaro - esse último Jeanne não viveu para ver - são prova de que hoje tudo é mais difícil. Até nos EUA um movimento como esse sofreria resistências sérias e a guerra fria atual é muito diferente da daqueles anos.

De qualquer forma, como disse o professor Janine Ribeiro, é preciso ficar alerta e forte, mas sem medo de temer a morte. Vários setores, alguns deles oportunisticamente estão tentando negociar com os ianques. Motivos econômicos para uma taxação como essa não existe, nunca existiu, mas para os desonestos, sobretudo aqueles protegidos por um exército que  teoricamente não pode ser vencido, isso nada importa. As razões efetivas são subterrâneas.   

E para completar, Vidkun 'Quisling' foi um ex-ministro da defesa da Noruega que se tornou colaborador nazista durante todo o tempo do domínio alemão sobre seu país, denunciando muitos compatriotas e fazendo o mal que era possível fazer. Uma espécie de Philippe Pétain, traidor da França e que fez de Oslo sua Vichy. Ao final da guerra Pétain não foi fuzilado porque havia sido herói em 1914/18 e estava na casa dos 90 anos de idade. O norueguês não tinha esses "atenuantes" e a última coisa que viu na vida foram os canos dos fuzis do pelotão de fuzilamento. Triste fim porque "quisling" se tornou sinônimo de traidor.

Parece que poderá vir a ser assim com o termo 'bolsonaro'. Quem sabe?                                      

27 de julho de 2025

Que drogas eles usam?


O senador pelo Espírito Santo, Marcos do Val, deu declaração ontem nos Estados Unidos desafiando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para brigar. Disse que queria encontrar o magistrado sem testemunhas, desarmado, no prédio do Supremo, para acertarem as contas. Coisas de duelo de séculos passados! Não foi possível saber se ele estava drogado ou não, mas algum tipo de droga eles usam. Todos temos a mais absoluta convicção de que uma pessoa lúcida jamais faria isso, sobretudo ocupando o cargo de senador da República. E sem explicar como R$ 50 milhões foram encontrados em sua conta bancária após o bloqueio de toda a movimentação financeira determinada por Moraes depois de ele sair do Brasil mesmo com um passaporte bloqueado.

Do Val é senador pelo Estado do Espírito Santo; durma-se com um barulho desses! Aqui elegemos, além dele, também Magno Malta, Gilvan da Federal e Evair de Melo, além de outros sinistros representantes nossos. Poucos deles orgulham o Legislativo.

Um membro desse Poder não pode, em hipotese alguma, se valer de seu mandato para desrespeitar ministros de nossa Suprema Corte. Atos como esse merecem prisão, mesmo tendo o parlamentar imunidade constitucional. Essa proteção legal dos legisladores, explica-se,  é instrumento que serve para que eles exerçam seus mandatos a salvo de pressões indevidas e jamais para agredir membros de uma corte de Justiça, como vem sendo feito.

Um  ministro do Supremo não é uma pessoa intocável, como ninguém o é, mas tem que ser criticado dentro de critérios de respeito e ele, à instituição que representa e sempre com base em acusaçoes que possam ser totalmente comprovadas. Um senador do baixo clero como esse, que sequer goza do respeito da maioria de seus pares, não tem arcabouço intelectual, sobretudo em conhecimento jurídico, para dizer o que é constitucional ou não.

Magno Malta, outro senador, já protagonizou episódios parecidos e estando aparentemente sob efeito de álcool em plena sessão do Senado. Evair de Melo e Gilvan da Federal, deputados federais, desrepeitaram grosseiramente colegas de legislativo ou mesmo ministros do Governo Federal, como foi feito com a ministra Marina Silva, recentemente. E essa pessoa pública tem um passado que é verdadeiro patrimônio moral e reconhecido no exterior.

Na foto acima Do Val aparece brandindo um celular, aparentemente em janela de veículo e já nos Estados Unidos para onde foi ilegalmente. Ele não é uma pessoa de origem rica, ganhou dinheiro nos EUA como "Swat da Shopee" e terá de explicar como R$ 50 milhões foram parar em suas contas bancárias. Arrisco um palpite: via emendas parlamentares PIX, a nova modalidade de desvio de dinheiro público. Isso será muito mais importante do que chamar um ministro do STF para brigar. Imunidade parlamentar colocada de lado, o desacato é chave de cadeia. E esse indivíduo merece ser preso se realmente voltar.

26 de julho de 2025

O objetivo é a rapina!


Quem tem boa memória ou guarda arquivos vai se recordar de ter visto o ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje em vias de ser condenado pela Justiça do Brasil, fazer propaganda de um mineral de grande importância para a indústria atual: o nióbio. Nessa foto acima o sujeitinho aparece com um pedaço da matéria nas mãos. Na época eu me perguntava porque uma pessoa tão intelectualmente pobre teria fixação por isso. Mas não era ele quem tinha; eram os Estados Unidos que já naqueles tempos cobiçavam as nossas chamadas "terras raras". Isso agora está definitivamente escancarado sob a presidência de Donald Trump.

Em 1964 minérios foram motivo para os norte-americanos darem toda a cobertura possível e imaginável ao golpe de Estado de 1° de abril. Na época até mesmo a Marinha daquele país enviou um porta aviões e outros navios de guerra para a costa brasileira em apoio aos golpistas de então. Era a "Operação Brother Sam". Uma empresa ianque, a Hanna Corporation, tinha interesses de exploração mineral no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais e o governo de João Goulart se tornou obstáculo. Tinha então de ser removido. Em época de guerra fria isso era relativamente fácil de fazer. Foi feito.

São 17 os elementos tão importantes para a indústria atual, o que inclui, dentre outros segmentos, as áreas de comunicação e militar: lantânio, cério, praseodímio, neodímio, promécio, samário, európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, lutério, escâmbio e ítrio. Toda essa reunião de proparoxítonos o brasileiro comum, como somos nós, praticamente desconhece existência. O nióbio da paixões do genocida inelegivel fica sobretudo em Minas Gerais, nos ricos lados de Araxá, e está presente em todos os celulares que a gente utiliza. Mais um vez lá por aquelas bandas mineiras...

O Brasil ainda não explora toda essa riqueza como deveria, nem possui tecnologia de ponta para tal. Então a cobiça existe. Nos tempos do ex-presidente de tornozeleira tudo estava pronto para que as jazidas fossem cedidas na bacia das almas a corporações dos Estados Unidos. Deu errado. E nem adiantou os inocentes (todos?) úteis acamparem diante de quartéis e outros lugares. Mas a ida de Lula para o poder, em vez de arrefecer esse desejo, tornou-o ainda mais explícito a ponto de o atual dono da Casa Branca ter abandonado todo o pudor para investir com força contra nós. É do interesse do país dele que a América seja quintal ianque e, depois do Brasil, haverá ataques contra Colômbia e México. Aguardem!

Jair Bolsonaro, o atual títere deles, é quem será usado num futuro próximo se o projeto der certo e para que a rapina de riquezas brasileiras se dê. Como agora a guerra fria não é mais explícita, a China surge como o inimigo ideal, mesmo sendo ela a responsável pela maior parte das exportações de comódites brasileiras. E se for necessária a destruição da democracia do Brasil, dane-se. Mesmo se o STF for descaracterizado na maneira como se apresenta hoje, no Judiciário mesmo surgirão aqueles que o "reformarão". Como nos EUA...

Todo esse esquema, que contava com representantes acampados diante do prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília e até serem expulsos por ordem desse mesmo STF de madrugada, tem possibilidade de sucesso porque o golpismo é retroalimentado em nosso país, há um "perseguido político" que cai como uma luva nas pretenções norte-americanas para interventor e o Brasil não luta por seus reais interesses como deveria. Títeres sobrevivem em todos os setores, o que inclui também a cultura. Mas podemos sobreviver a isso se conseguirmos nos reunir em torno de objetivos nacionais.

E o Estado Brasileiro não pode e não deve ceder!

(texto atualizado às 08h25m

    

22 de julho de 2025

Capixabas pela Palestina

Ontem à noite, em uma segunda-feira que hava sido de dia bonito, foi criado oficialmente o "Comitê Capixaba pela Palestina", já reunindo um grande número de pessoas dispostas a dedicar parte de seu tempo e o melhor de seus esforços para ajudar na luta pela existência desse povo, uma nação de pessoas livres e hoje sendo vítima de um cruel e inimaginável genocídio. O primeiro transmitido diariamente a cores para o mundo todo e tendo na figura do primeiro ministro de Israel - Estado sionista e criminoso -, Benjamin Netanyahu, o maior de todos os fascínoras atuais. Ele se iguala e Adolf Hitler e faz com que seu país (sic!) se torne o laboratório do primeiro holocausto do Século XXI.

A foto acima foi tirada por mim durante fala do ex-governador Vitor Buaiz, que compareceu ao Triplex Vermelho munido de uma bandeira do Líbano, terra dos seus antepassados. Nela aparecem algumas das pessoas que foram até lá participar do evento no espaço cedido por Perly Cipriano, que na foto é o segundo da esquerda para a direita, sentado na primeira fileira de cadeiras. Infelizmente, embora o fato tivesse sido amplamente divulgado, não houve no Triplex a presença de representantes da imprensa tradicional. Ela, da qual fiz parte durante mais de três décadas e que se intitula "imprensa profissional", tem hoje uma visão de notícia totalmente diferente da anterior, de minha época. O problema para ela é que abre espaço aos novos canais de notícias, uma parte deles não confiáveis.

Foi um fato bonito de se ver. Contou com a presença de pessoas representativas de nosso universo cultural e político, como foi o caso do deputado federal Helder Salomão, que se prontificou a apoiar a iniciativa com o que for possível de suas emendas parlamentares, subretudo em tempos em que essas verbas são tão mal aplicadas a ponto de às vezes serem simplesmente roubadas, desviadas para porões escusos onde principalmente a extrema direita encastelada no poder exerce seus desmandos com o dinheiro público.

Foi impactante ver o sheik de Vitória falar e  também uma família palestina composta por marido, mulher e três filhos, o mais novo dos quais, muito criança, fez o que todos eles fazem, inclusive chorar. As duas meninas se apresentaram e uma delas, Joury, cantou em árabe uma melodia nascida de poesia que conta a história da tragédia do povo palestino. A pequenina, inibida, quase não conseguiu se manifestar. Já Baraa, a mãe, com traje típico de sua cultura, emocionaou-se ao agradecer ao Brasil. Fez isso em inglês, pois o português para ela e o marido ainda é uma língua muito difícil de ser falada.

O dia de hoje marcou a chegada de muita gente mais ao grupo "Capixabas pela Palestina". Essa é uma luta que vale a pena lutar, que precisa ser lutada e que será lutada a cada dia com mais força, em toda a Terra. Não se trata de uma ofensiva antisemita, mas sim uma reação do mundo civilizado à barbárie do sionismo, hoje um movimento de extrema violência e cujo objetivo único é destruir totalmente o povo palestino para também tomar-lhe as terras que secularmente pertencem a ele e já estão sendo ocupadas.

Isso não pode acontecer! 

20 de julho de 2025

O tirano de aldeia


Nenhum Estado que se pretenda soberano pode aceitar que outro tente manipular sua Justiça para favorecer criminosos, sejam eles quais forem e que dimensão tiverem. Isso é sob todas as formas inaceitável. O que esse tirano de aldeia, o presidente Donald Trump fez por intermédio de seu Secretário de Estado Marco Rubio, cassando os vistos de oito dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Procurador Geral da República, Paulo Gonet Branco, é um ato de desrespeito que o Brasil jamais cometeu contra país algum e em tempo nenhum. Então, custe o preço que vier a custar, tal fato não pode ser aceito em hipótese nenhuma. A soberania é de todos nós e não apenas do Governo atual.

Há outros pontos a serem considerados. O filho de Bolsonaro que está homiziado nos Estados Unidos, Eduardo, vulgo Bananinha, tem que ser detido. Até sugestões veladas de uso de bombas nucleares por parte dos EUA contra seu país ele já sugeriu. Imunidade parlamentar é um conjunto de proteções legais concedidas a membros do Poder Legislativo (apenas a deputados e senadores) para garantir sua independência e o livre exercício do mandato. Não pode servir de escudo para cometimento de crimes. Esse senhor que vive na Disneylândia custeado por dinheiro enviado pelo pai é um criminoso contumaz e perigoso.

A Justiça tem o poder de declarar a prisão preventiva do cidadão, determinação inócua enquanto ele estiver no exterior e protegido por um governo de extrema direita, mas pode também extinguir seu mandato de deputado federal. E isso vigoraria imediatamente.   

Aliás, crimes vêm sendo cometidos todos os dias pelo ex-presidente Bolsonaro e seu entorno, sobretudo os filhos. O mais velho, Flávio, que embarcou para Portugal sem dizer se volta ou não, deixou claro que sem anistia "ampla, geral e irrestrita", o presidente tirano de aldeia dos Estados Unidos vai manter a taxa de 50 por cento sobre produtos brasileiros exportados para seu país. Claro, isso não pode ser aceito. A Justiça vai cumprir seu papel e é voz quase unânime entre juristas que o STF foi até brando em apenas determinar medidas restritivas contra o ex-presidente em vez de prisão preventiva depois de tudo o que vem sendo feito. E ele ainda questionava todos os dias sobre que crimes estaria cometendo...

Cabe uma pergunta: os três ministros do STF não atingidos pela determinação de Trump vão ficar calados ou se considerar também atingidos, em solidariadade aos demais?

Tenho a impressão de que Adolf  Hitler, inspirador desse presidente norte-americano, ficaria corado com as decisões que seu pupilo toma hoje. Determina genocídio em Gaza, pune nações amigas com taxas de exportação absurdas para submetê-las por pressão econômica e ameaça a tudo e a todos praticamente todas as vezes em que usa da palavra, inclusive no Salão Oval da Casa Branca onde já desrespeitou dois chefes de Estado. Age de forma beligerante sem declaração de guerra e ainda pretendendo tomar posse pela força de terras extrangeiras, como já fez com Groenlândia, Canadá e Panamá.  

Pouca gente prestou atenção nisso, mas na primeira entrevista que deu depois das medidas restritivas tomadas contra ele, o ex brasileiro Jair Bolsonaro foi desrespeitoso mais uma vez com o Brasil ao perguntar de forma irônica que "soberania econômica" estamos mantendo depois das cartas de seu amor verdadeiro enviadas ao Brasil. Ele sabe do que fala e por isso tem que ser condenado tão logo seja possível no curso do devido processo legal.

Cadeia para ele!   

17 de julho de 2025

Soberania é a palavra


O novo ataque do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil agora mira o PIX, esse sistema de pagamentos eletrônicos gratuito sob o comando do Banco Central e que já foi adotado por mais de 170 milhões de brasileiros. Fez sucesso desde o ano 2020, quando foi lançado. É uma criação brasileira tão bem desenvolvida que até mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro, genocida inelegível (na foto com o filho Carlos) dizia que era uma criação de seu governo, embora não fosse. Hoje o mandatário máximo dos EUA, juntamente com o ex presidente brasileiro e seus familiares, além de outros cúmplices, se apegam ao tarifaço anunciado contra o Brasil porque isso atende aos seus interesses pessoais. E tudo neles são somente interesses pessoais.

Soberania é o que nos interessa, nos une e nos dá sustentação. É a palava de sempre.

Bolsonaro, o Bozo, não está sendo defendido por Trump por questões de democracia. Projeto de autocrata, o mandatário dos EUA não crê nisso, da mesma forma que o hoje quase presidiário brasileiro. O norte-americano quer defender interesses econômicos pessoais, de big techs, cartões de crédito e outros. Vive de dinheiro, sonha com isso, levanta e vai dormir acompanhado de seus cifrões. Já Bozo, coitado, só quer sobreviver. Hoje não fala mais que o PIX foi criado por sua equipe (sic!) pois não pretende desagradar o homem pelo qual já disse que é apaixonado em mais de uma oportunidade. Saia logo do armário, sujeitinho!

O projeto de governo desse estrupício dos Estados Unidos é todo voltado a seus projetos. Diz que visa reforçar o caixa do país, mas empresas da família estão à frente de todas as ações que desenvolve. Tanto que criou uma plataforma, Truth Social, e só posta nela. Mas tem interesse em não permitir que as big techs sofram restrições e por isso está atacando o Brasil onde esse setor vem sendo regulamentado já faz algum tempo

E a regulamentação foca unicamente os crimes cometidos sobretudo contra a verdade e a honra, o que as empresas fazem diuturnamente. A Meta concentra poder na área e não quer isso de forma alguma. Ela vive da hipocrisia e da mentira, contanto não atinja Trump. A liberdade que este prega começa e termina em seus interesses. As milhares de pessoas hoje atingidas pelas insanidades que pratica são testemunhas vivas do que escrevo. Quando ele chama alguém de honesto, como Bozo, está medindo o homenageado por sua régua. E ela é aquela de quem tentou não entregar o poder ao perder uma eleição.

Mas Bolsonaro quer viver em liberdade, mesmo defendendo uma ditadura militar que matou milhares de pessoas no Brasil. Por isso esperneia deseseradamente quanto mais fica próximo de sua condenação. Nos Estados Unidos Bananinha, seu filho, e um neto do ex-ditador Figueiredo frequentam Washington por onde andam todos os dias à procura de extremistas de direita e de uma forma cada vez mais eficiente de destruir o país onde nasceram.

É o que sabem fazer. Mas vão fracassar. Trump fracassará também e esse Bozo que nos desgraça todos os dias encontrará seu fim em uma condenação pesada pela série de crimes que cometeu e comete todos os dias, sobretudo a tentativa de destruiçao de nosso Estado Democrático e de Direito. Que ao final não tenha o benefício a prisão domiciliar, é o que milhões de brasileiros esperam. Cadeia para ele e seus iguais.  

11 de julho de 2025

Homens comuns ontem e hoje


Quem tem Netflix em casa pode acessar um documentário chamado "Homens Comuns: Assassinos do Holocausto", que vale a pena ser visto embora doa muito no coração. Ele conta a história de como pessoas "normais", que tinham uma vida comum na Alemanha hitlerista da década de 1930 de repende se tornaram assassinos em série, matando milhares de judeus no curso da II Guerra Mundial. Há nesse documetário um momento sombrio, quando um dos assasinos diz porque matava crianças: ou elas não sobreviveriam sozinhas ou, caso isso acontecesse, se tornariam adultas e matariam alemães como vingança.

Parei o filme, respirei fundo e me veio à mente a imagem de israelenses atuais dizendo que não há inocentes em Gaza e que se as crianças palestinas crescerem e se tornarem adultas, entrarão depois para o Hamas e matarão judeus. Eis o nazismo revivido!

Em Israel, desde cedo os jovens são "educados" para odiar palestinos. Para dizer que eles não são um povo, não têm uma identidade cultural e que, portanto, podem e devem ser expulsos ou mortos de todas a regiões onde, por "direito divino", deve ficar situada a "Grande Israel". Dessa forma os israelenses garantem que mesmo se Benjamin Netanyahu e seus cúmplices forem sacados do governo, a possibilidade de entrar um grupo pró Palestina no comando do país é extremamente remota. Israel continuará sendo uma nação anti solução de dois estados e apoiadora do extermínio em Gaza que essa foto acima mostra.

Algumas pessoas ficaram chocadas ao verem pela TV Bibi Netanyahu entregar ao presidente norte-americano Donald Trump, durante um jantar na Casa Branca, o documento que seu governo endereçou ao Comité Norueguês do Nobel pedindo o próximo Prêmio da Paz para o anfitrião daquele momento. É chocante? É, mas faz parte do espetáculo que vem sendo encenado há séculos. Agora mesmo milhões morrem na África por causas parecidas.

Da mesma forma que os nazistas entre 1933 e 1945 em relação aos judeus, Israel nos dias de hoje em relação aos palestinos e de que qualquer outro grupamento humano mais vier a surgir em tempos presentes ou futuros das catacumbas do pensamento humano para provocar novos genocídios, Trump também é um projeto pronto e acabado de sociopata criminoso, extremamente perigoso, voltado para a destuição de seus semelhantes e colocado ao comando da maior máquina de guerra dos tempos modernos, pronto para apertar o gatilho.

Da mesma forma que Bibi quer tirar os palestinos de sobre a face da terra, Trump inventa tarifas sobre tarifas para exercer seu poder absoluto de tirano de aldeia sobre o restante do mundo. E isso envolve, como não poderia deixar de ser, um apoio incondicional ao sociopata menor, Jair Messias Bolsonaro, que está sendo "perseguido" no Brasil que vai enquadrar as big techs e só porque teve o desplante e o descaramento de tentar um golpe de Estado em 2023 como se ainda estivéssemos no 1964 de suas saudades. Fracassou!

Se o Brasil quer continuar sendo um país independente, soberano, com Constituição em vigor e leis das quais todos somos súditos independentemente de sermos uma pessoa ou um grupo delas, ele não pode aceitar isso. Tem que lutar contra as taxas de Trump porque representam para o Brasil uma capitulação inaceitável sem crime cometido e no exercício sagrado de nossa soberania como Estado. Da mesma forma que, entre 1933 e 1945 foi preciso enfrentar os homens normais levados aos extremos da irracionalidade pelo nazismo, agora se impõe a nós enfrentarmos os novos extremistras e seus discursos de ódio com rezas a pneus, acampamentos em quartéis militares, chamados a extraterrestes ou seja lá o que mais vier a surgir, com todas as nossas forças. O mundo deve resistir à extrema direita.

Já passou da hora de as big techs serem enquadradas e Bolsonaro ir para a prisão.

Viva a Palestina!                             

6 de julho de 2025

Bandeiras de ocasião


Os últimos dias foram marcados por intenso tiroteio entre o governo federal e todas as forças brasileiras de oposição. Sobretudo e principalmente porque ao que parece os seguidores da situação entenderam que para vencer os opositores era necessário atuar nas mesmas frentes deles: as redes sociais e atacando os famosos calcanhares de Aquiles da extrema direita brasileira. Parece que está dando certo, principalmente porque os grandes meios de comunicação, incomodados com a virada de mesa, já gritam que o Congresso deve ser preservado nessa batalha pela opinião pública. Os grandes meios de comunicação sabem perfeitamente de que lado estão. Sempre souberam.

Personagens criados por inteligência artificial como "Hugo não se importa" e outros estão provocando polvorosa porque são portadores de uma verdade que as classes dominantes não querem ver denunciada. Ainda é cedo para a gente saber se essa forma de contestação, a do nós contra eles, é a ideal ou não. Mas incomoda.  E durante quatro anos os seguidores de Bolsonaro usaram a mesma fórmula contra a sua oposição sem que os que se imaginam controoladores da opinião pública reagissem dessa forma.    
 
Ocorre que se o  Congresso é hoje formado por uma imensa maioria de apoiadores do grande capital encastelado no meio rural, indústria, comércio e mercado financeiro onde ficam os mais diversos tipos de aventureiros do dinheiro além de falsos pastores religiosos, isso ocorre porque eles são eleitos. E se é a população quem os coloca lá, resta saber porque esse esforço da esquerda mais lúcida no sentido de orientar o cidadão comum não é uma bandeira de todos os dias na luta pela conquista do apoio popular e não um esforço de ocasião para a hora do desespero. Não parece lógico?

Ontem mesmo, enquanto vivia sem meu blog que não me permitia postar, conversava com amigos jornalistas como eu sobre a oposição brasileira de extrema direita do Congresso. E falamos durante algum tempo sobre o indivíduo Nikolas Ferreira, um deputado federal oco de ideias construtivas em torno do assunto Brasil, mas rico em conhecimento de redes sociais a ponto de isso lhe permitir usar o Congresso em benefício próprio, atacando e fugindo do plenário logo em seguida para postar seus ataques onde estão os seguidores de suas "ideias" porque assim ele pode vender a imagem do que não é: um debatedor.

Esse sujeito é como diversos outros que hoje habitam o Poder Legislativo Federal: desertos em ideias edificantes, mas cheios de vontade de destruir. Como o capixaba Evair de Mello, que se notabiliza por agredir sem piedade a ministra Marina Silva porque sabe que, assim agindo, se matém em evidencia junto ao eleitorado capixaba sem conteúdo, esse que o elege juntamente com o senador Marcos do Val, o outro deputado Gilvan da Federal e um longo séquito de aventureiros capazes de destruir o Brasil se nós deixarmos. É preciso explicar diariamente ao eleitor porque essa gente é contra rico pagar impostos e classe média ficar isenta de imposto de renda até R$ 5 mil mensais, passando-se a conta aos que ganham muito mais, milhares mais mas não querem pagar nada.

E é preciso fazer isso como uma mensagem de verdade social e não bandeira de ocasião.