13 de fevereiro de 2007

Questões "pontuais"

A morte estúpida, violenta, sem sentido do menino João Hélio, o Joãozinho, semana passada no Rio de Janeiro, reacendeu no Brasil a discussão sobre a pena de morte. Uma discussão que tende a desembocar ou em um plebiscito emocional ou no vazio.
O problema é que o Congresso, onde a questão da violência deveria ser discutida com força, coragem e com as opiniões das melhores mentes, está hoje envolvido com assuntos mais, digamos, "pontuais": negociações sobre divisão de ministérios, cargos de primeiro, segundo e terceiro escalões, acordos, conchavos, cálculos de comissões a receber ou outras "urgências". Eu seria leviano em dizer que todos os congressistas são assim, mas não o seria se afirmasse, como afirmo, que parte deles o são. E só isso já representa um dano considerável.
Terrível, mas talvez Joãozinho tenha morrido violenta, cruel e estupidamente em vão.
O futuro vai dizer.

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