Virou moda entre bolsonaristas gritarem "liberdade de expressão!" sempre que o guru deles, o genocida e inelegível é tocado de qualquer maneira. Um dos filhos o deputado federal Alexandre já viajou várias vezes aos Estados Unidos para conspirar contra seu próprio país tentando interferir no Judiciário, inclusive em ações que tramitam contra o pai golpista no Supremo Tribunal Federal (STF). Isso a ponto de o bilionário Elon Musk, espécie de ídolo do atual presidente dos EUA estar promovendo dois processos contra o ministro Alexandre de Moraes em cortes da Flórida. Trata-se de um esperneio desesperado e sem sentido.
A Constituição dos Estados Unidos dá um valor quase absoluto à liberdade de expressão, defendida desde 1791 na primeira emenda, item da Declaração dos Direitos do Cidadão. Mas digo quase porque se os norte-americanos exercerem seu direito de crítica contra os patrões, podem ser demitidos na mesma hora. Os sustentáculos do capitalismo atropelam o direito de expressão nesse caso. É esse direito quase absoluto o pilar no qual o presidente Donald Trump, um projeto de novo Hitler, se apoia todos os dias para buscar o poder absoluto atropelando até mesmo sua Constituição e as instituições do país.
Recentemente, num embate com a governadora do Maine, Janet Mills, sua opositora e que não aceita veto a atletas trans nas competições em seu Estado, ao ouvir dela que segue as leis federais, respondeu: "Eu sou a lei federal" antes de falar que o futuro político da opositora estava comprometido. Esse resquício de absolutismo governamental vem desde Luís XIV, na França, que teria dito um "l'État, cést moi" (O Estado sou eu). O neto dele, Luís XVI provou a lâmina da guilhotina em 1789. A pauta de costumes vale nos EUA tanto quanto cá, mesmo mais de dois séculos passados...
O Brasil tem a liberdade de expressão na dose certa para que ela não seja confundida com liberdade de agressão e não atropele o direito dos outros, o que nunca pode existir. Mas mesmo assim é largamente desrespeitada até mesmo no Congresso Federal, onde políticos saudosos do bolsonarismo esgoelam para impedir as falas dos opositores, quando eles se manifestam. Os gritos são argumentos de quem não tem o que defender.
Na minha maneira de entender Eduardo Bolsonaro já está cometendo crimes. Não segundo as leis dos Estados Unidos, onde não mora, mas diante das de seu país, que é o meu. E justamente nesse nosso pedaço de mundo empresas estrangeiras têm que respeitar os limites da liberdade de expressão, não a dos EUA, mas sim da República Federativa do Brasil. E viva a liberdade conquistada por nós na Constituição desde 1988!
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