"Mostre-me um herói e eu escreverei uma tragédia".
O texto acima é de um gênio da literatura mundial, Francis Scott Fitzgerald, o simpático senhor da foto ao lado. E ela descreve como é difícil ser herói, como os verdadeiros são poucos e como não se deve banalizar esse termo que faz parte de episódios sublimes da história dos países.
No Brasil a gente não faz isso. O jogador que marca um gol aos 47 minutos do segundo tempo torna-se herói. O medalhista olímpico, idem. O sujeito que encontra o recém nascido jogado na lixeira e o leva ao hospital, muito mais. Parece até que temos necessidade de construir com barro. No caso, moldar heróis de pés de barro.
O jogador do gol deve ser um craque. E estava inspirado. O medalhista olímpico viveu seu instante de superação e glória. Quem encontrou e salvou o bebê merece uma medalha como exemplo de solidariedade humana. Mas herói é coisa muito mais séria. No Brasil temos Joaquim José da Silva Xavier, que conhecemos como Tiradentes. Algumas outras expressões da luta contra os portugueses, contra os holandeses e nada mais. Não são muitos. Dizem que o Duque de Caxias foi herói. Luiz Alves de Lima e Silva comandou uma guerra genocida contra um país pequeno para atender a interesses mercantis ingleses. A Inglaterra da época era o Império.
Por falar em Época, minha revista semanal preferida publicou um dia desses uma lista dos cem maiores brasileiros do ano e uma categoria era a dos heróis. Um deles, um artista talentoso que luta com denodo contra o câncer.
Herói, minha gente, é coisa muito maior do que isso. Embora os citados na revista sirvam de exemplo.
Um comentário:
Tudo está arruinado. O conceito de herói tomar novo uso é o de menos. Esses pós-modernos (contemporâneos)esqueceram-se de o que seja Arte. Há quem tire foto de tijolo e ache arte nisso.
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