4 de outubro de 2025

O crime patrocinado

Essa arte aí ao lado e que abre a crônica de hoje foi publicada na coluna da jornalista  Hildegard Angel com base nos relatos citados por ela. Ele comprova, mesmo não sendo necessário nada disso, que o Estado Sionista de Israel se tornou já faz algum tempo um centro de tortura contra presos e que alguns dos membros da Flotilha Global Sumud, além da ativista sueca, foram vítimas de violência física e psicológica. Isso havia sido anunciado pelo ministro da defesa daquele país títere dos Estados Unidos, o fascista Itamar Ben-Gvir, do interior da prisão de tortura política, num deserto ao sul de Israel.

No dia em que a flotilha foi abordada por embarcações militares sionistas e ainda em águas internacionais, o que fere as regulamentações da ONU e o Direito Internacional, à Greta deram um agasalho e um tratamento de urbanidade. Era teatro porque ela e os demais presos ainda não estavam no presídio, longe das câmeras e onde os direitos humanos passam ao largo, sobretudo para aqueles que se opoem aos crimes que Israel comete protegido pelas armas fornecidas a ele pelos Estados Unidos. Apoio incondicional a um estado terrorista sempre dá nisso.

Os membros da flotilha não levavam nenhum tipo de arma à Faixa de Gaza. São totalmente falsas as acusações desse gênero dirigidas aos cerca de 500 militantes que faziam parte do comboio. O máximo que os israelenses conseguiram foi filmar um militar dizendo não ter encontrado em uma embarcação doação alguma. Mas elas sempre existiram e foram filmadas a bordo dos barcos pelos militantes, antes e durante a travessia. Portanto, não há como desmentir o óbvio.

De qualquer forma o governo de Benjamin Netanyahu parece disposto a tudo, pois enfrenta uma oposição interna ferrenha. E o acordo com o grupo de resistênica Hamas não possui a menor garantia de sucesso, já que o israelense diz a quem quiser ouvir que não permitirá a criação do Estado da Palestina, a condição básica para que ele dê certo. Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos que enfrenta a oposição interna a ele como terrorista e pede sempre que pode o uso de forças armadas para enfrentar adversários, sabe que está diante de um teatro e faz parte dele. Garbosamente. Afinal, quer ganhar o Prêmio Nobel da Paz, por mais absurda que possa ser essa pretensão. E o Hamas? Sabe e vê isso tudo. Vai usar os poucos dias de paz que vierem para respirar um pouco e se manter vivo.

Não, não vai haver paz agora na Faixa de Gaza e no Oriente Médio.         
 

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