Os terroristas de hoje são diferentes.
Um dia, no passado, os Estados Unidos executaram os ítalo-americanos Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti por homicídio. Ficou provado que era impossível aos dois terem cometido o crime de que tinham sido acusados, mas dane-se: eram anarquistas. Em outra ocasião o casal Julius e Ethel Greenglass Rosenberg foi morto acusado de ter entregue à União Soviética os segredos da bomba atômica. Não havia prova alguma desse crime, mas dane-se: eles eram de esquerda. Na hora da morte os dois confessaram que realmente haviam enviado os projetos a Moscou porque era loucura só os EUA terem bombas atômicas. Imagine isso hoje, com o celerado Donald Trump no poder. Já imaginaram só ele com armas nucleares?
Pois os encarregados do Nobel da Paz entregaram o Ignóbil desse ano a Maria Corina Machado, entreguista de seu país, tipo de pessoa que Trump admira tanto quanto dinheiro. Nicolas Maduro favorece o quadro de uma possível invasão norte-americana à Venezuela por ter fraudado uma eleição para continuar no poder. Isso é comportamento ditatorial. Mas como os EUA apoiam incondicionalmente as ditaduras que gostam dele tipo a da Arábia Saudita, para citarmos apenas um exemplo, foi preciso ao presidente ianque criar uma narrativa falsa para cimentar o projeto de invasão do país sul-americano. Então, o presidente de lá é "narcotraficante". Não há prova alguma disso, tanto que os supostos traficantes venezuelanos estão sendo mortos no mar sem serem capturados para que possam ser ouvidos por autoridades. Mas isso importa? São teoricamente ligados a Maduro e basta.
Os novos terrotistas são aqueles que vivem favorecendo golpes de Estado capazes de reduzir a cinzas os seus países e fazer deles títeres de interesses estrangeiros escusos. Não é isso o que Eduardo Bananinha faz nos Estados Unidos até agora sem sucesso? É isso o que Corina Machado faz na Venezuela, esperando por uma invasão estrangeira em seu país. O custo é os venzuelanos deixarem de ser donos de toda a imensa reserva patrolífera que possuem. Mas importa? Claro que não porque a presidente estaria no poder manietada, mas com muito dinheiro no bolso capturado por seu ato de traição.
A pomba da paz de hoje não sabe o que fazer no mundo de Isarel tentando destruir os palestinos, da mesma forma que agora com a Venezuela no radar ianque. Não consegue se adaptar depressa aos novos tempos. Até bem poucos meses atrás eu me relacionava com relativa civilidade com um extremista de direita até o dia em que disse a ele que a eleição já havia passado e tive que ouvir um "mas nós não aceitamos o resultado". Chamei-o de canalha e rompemos. Hoje o golpismo é mostrado em praça pública como se fosse coisa natural. Mas não é. A começar pelo Congresso Nacional onde está instalado e tem que ser tratado e combatido como crime.
Os novos terroristas querem acusar os contrários pelos crimes que cometem.

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