Saída do forno: a agência "Ideia" divulgou agora pela manhã o resultado de uma pesquisa "Relatório de Avaliação e Dignóstico" feita no último dia 06 e reunindo 1.027 pessoas de 26 unidades da Federação relativa ao que o brasileiro pensa sobre a chacina policial nas comunidades do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Para a maioria, 48,7% o importante é buscar quem encabeça as organizações criminosas a partir da Faria Lima. 35,9 por cento não têm opinião formada e 15,4 por cento preferem que os soldados do crime sejam procurados e mortos como feito pelo governo Cláudio Castro. É bom notar que a pesquisa é longa e destaco apenas um dado dela. Também que esses percentuais costumam ser muito fluídos e mudam de acordo com o calor da hora e o conteúdo dos discursos oficiais.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou a sustação dos procedimentos legais determinados pelo governador Cláudio Castro e que pretendiam penalizar parentes das vítimas daquele dia por terem resgatado os cadáveres de seus entes queridos de onde foram mortos (foto acima), bem com preservar para os procedimentos legais necessários os laudos de negropsia dos mortos e também as imagens das câmaras corporais dos policiais envolvidos naquela ação. É certo que vários mortos foram executados com tiros a queima roupa, bem como nenhum dos procurados pela Justiça foi preso naquele dia. E mesmo assim morreram 121 pessoas, todas elas pobres, favelados.
Nós precisamos definir em que país queremos viver. Aqui em Vitoria, onde moro, o arcebispo Dom Ângelo Mezzari precisou sair em defesa do padre Kelder José Brandão Figueira, que publicou trabalho "Evangelização nas periferias geográficas e existenciais", atacado pelo deputado bolsonarista Lucas Polese (PL-ES). Pelo título a gente já vê que o trabalho é extremanente "subversivo". Esse é só um exemplo. Recentemente outro parlamentar atacou uma exposição que era realizada no Palácio Anchieta. Isso é um método e a extrema direita ataca às claras tudo o que faz escondido. É imensa a quantidade de membros desse espectro político já presa por motivos diversos como pedofilia, por exemplo.
Agora mesmo, às vesperas da eleição presidencial da Academia Espírito-santense de Letras (AEL) e realizada ontem à noite, duas ou três acadêmicas desta instituição e da Academia Feminina Espírito-santense de Letras faziam campanha aberta para o acadêmico vereador de extrema direita Leonardo Monjardim, em nome das duas instituições, pois ele pretende se candidatar ao Senado pelo Espírito Santo. Isso é terminantemente proibido pelos estatutos das duas entidades, mas é sempre feito. E sem que nada aconteça contra os autores.
Precisamos definir em que país queremos viver. Se nesse atual sujos atos e consequências têm e devem continuar tendo como horizonte as leis em vigor, tanto no plano de uma simples eleição de entidade supostamente cultural quanto no do respeito pela vida e pela morte em ações policiais ou então no defendido por muitos e onde tanto as leis quanto o princípio do respeito a elas não passa de mera opção de momento, sobretudo para aqueles que podem conspirar até contra a Constituição do País porque não concordam e não aceitam o resultado de uma eleição que foi auditada e conferida à exautão antes, durante e depois.
Ou respeitamos as leis ou seremos maus mocinhos como os que atacaram duas favelas do Rio de Janeiro sem prender um único dos procurados pela Justiça, ou seremos bons bandidos porque sabemos onde atacar para atingir o Comando Vermelho e outras facções, mas ao mesmo tempo poupando os territórios das milícias. Afinal, lá é terreno de milicianos como é o caso de Fabrício Queiroz, que chegou a ser nomeado, pasmem, Subsecretário de Segurança Pública de cidade do litoral do Rio de Janeiro, há pouco tempo. Ele é amigo (?) de Flávio Bolsonaro, o filho mais velho de um rei deposto e que quitou uma casa de R$ 5,97 milhões 27 anos antes do previsto pelo financiamento.
Parece piada, mas antes de ser encerrada a pena de prisão de seu pai!!!

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