17 de agosto de 2016

Dilma Rousseff, a patética

É patética a figura da presidente afastada Dilma Rousseff quando ela se apresenta para alguma coisa. Ontem, ao ler sua carta/esperneio no Palácio da Alvorada (foto), tentou fazer o que nunca fez na vida: negociar. Trocar o impeachment quase certo por uma série de barganhas que incluem um inconstitucional plebiscito. Em vão. Nem barganhar ela sabe fazer bem.
Dilma Rousseff paga o preço alto pela arrogância. Durante anos, inclusive antes de ser entronizada presidente como o maior dos postes criados por Lula, ela já era conhecida em Brasília como grosseira e pelos inúmeros episódios de descompostura que dava em seus subordinados e iguais. Teve gente que saiu de sua sala chorando após ouvir gritos e, não raro, palavrões.
Governantes não devem jamais negociar cargos cegamente e colocar em posição de comando pessoas incapazes ou desonestas. Infelizmente o que muitos fazem. Mas nem isso Dilma pode alegar como explicação para ter, ao longo de seus mandatos - esse último pela metade - deixado parlamentares esperando por ela horas em salas de espera. Nomeou ou manteve nomeados dirigentes de estatais que literalmente quebraram o Brasil. Nomeou ou manteve nomeados ministros claramente incompetentes ou desonestos, sim. Sua figura "ilibada" se choca com a realidade dos fatos.
O que ela tenta negociar hoje? A volta ao poder. Esse poder que não aceita perder mas na prática já perdeu, pois não tem mais condições de governar. Se voltasse seria refém de um Congresso hostil, de ações judiciais por improbidade administrativa e de mais uma série de outros fatores. Não poderia sair à rua. Não poderia discursar em atos públicos. Teria que ficar escondida em seus dois palácios usando helicópteros e aviões em seus deslocamentos e ainda exigindo de subordinados que segurassem seus guarda-chuvas em dias de mal tempo. Seria, numa situação como essa, figura mais caricata do que é hoje. E faria o Brasil sangrar mais do que já sangra, pois tentaria desfazer a totalidade dos atos praticados pelo governo em exercício desde sua posse, substituindo ministros, etc.
Dilma Rousseff, figura patética, leu sua carta. Reafirmou o "golpe". E depois retornou à solidão das paredes do Palácio da Alvorada, onde habita. Derradeiro endereço no poder que jamais deveria ter exercido.                    

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