16 de novembro de 2023

Danem-se os descontentes

O episódio da ida a Brasília em mais de uma oportunidade de certa mulher casada com um criminoso preso em Manaus gerou muito desconforto ao atual governo, e tudo por causa de um filtro frouxo nos ministérios. Essa investigação sobre quem pede para ser recebido por ministros tem que ser mais dura, mais focada para evitar fatos futuros de igual monta. E isso sobretudo porque no caso atual a grande imprensa, sobretudo o Estadão e a Folha aproveitaram o episódio para atacar o governo, o que para eles é inevitável. E foram seguidos pela "marginalha" que apoia o ex-presidente inelegível, o que era previsível.

Mas para quem procura ligação real de governantes e ex-governantes com a "elite" do crime organizado no Brasil basta olhar a arte dessa postagem. Está tudo explicado.

Não conheço pessoalmente o ministro Flávio Dino, mas acompanho sua vida pública. Até prova em contrário nada há que o desabone. Rigorosamente nada. O que há é muito ódio contra ele porque sempre retrucou aos que o atacam e, dono de respostas ferinas, costuma levar a nocaute os menos dotados de atributos intelectuais que o criticam e que formam a espinha dorsal torta dos saudosos do genocida. Desses costumo rir muito!

E talvez também pelo fato de ser um intelectual de fino trato além de juiz federal conhecido por sua capacidade de conhecimentos, ele gera desconforto pelo fato de ter seu nome lembrado para a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal toda vez que isso é veiculado. Seus detratores nesse campo não estão apenas entre a dita "oposição" legislativa formada por gente sem preparo, ética e moral, mas também e infelizmente por uma ala do PT que deseja outra solução para a nomeação a ser feita. Dino é oriundo do PCdoB e os petistas que o tentam fritar querem um nome do Partido lá. Burrice!

A batata quente está sobre a mesa do presidente Lula e vai ter que ser descascada. Não há outra saída. Ficar protelando uma decisão sobre isso parece também pouco inteligente. Afinal, para aqueles capazes de ver as coisas pelo lado mais lógico o ideal nesses casos é lançar mão do que se tem de melhor. Danem-se os descontentes de plantão.    

11 de novembro de 2023

A raiz de todos os problemas


Quando eu digo que Israel se tornou um estado terrorista muita gente critica. Um seu ministro atual disse faz poucos dias que os palestinos gostam de perder terras... Outro, que uma bomba atômica resolveria de vez a questão palestina... E o primeiro ministro que pode perder o mandato e no futuro ser até mesmo preso declarou que Israel vai ocupar a Faixa de Gaza por tempo indeterminado. Quem sabe como já ocupa a Cisjordânia que agora já é conhecida como "ocupada". Lá proliferam as colônias judaicas lançadas sobre terras roubadas. Em muitos casos os palestinos são simplesmente expulsos de suas residências para nelas entrarem famílias judias que vão morar no lugar com títulos de posse (sic!).

A imagem acima e à esquerda é um mapa oficial do Oriente Médio de 1947. Meio desbotado... Nele aparece em destaque a região que era conhecida como Palestina (Palestine) e  ao lado de Egito (Egypt), Jordânia (Trans-Jordan), Síria (Syria) e Líbano (Lebanon). Esse mapa não existe mais. Um ano depois a ONU, com a ajuda decisiva do voto do embaixador brasileiro Oswaldo Euclides de Souza Aranha, criou o Estado de Israel. O poder do dinheiro foi decisivo nesse caso. Como isso  aconteceu num espaço de tempo tão curto? Foi muito simples, como posso explicar logo em seguida.

A II Guerra Mundial havia terminado e mais de seis milhões de pessoas tinham sido mortas pelos nazistas nos campos de extermínio montados em diversos países. Não eram apenas judeus, mas também comunistas, ciganos. negros, deficientes físicos, deficientes, mentais e todos os demais considerados seres inferiores pela ideologia nazifascista. O estranho é que hoje o Holocausto só homenageia os primeiros... O mundo saiu dessa guerra decidido a criar um estado para os judeus e, através da Resolução 181 da recém criada ONU decidiu-se dividir o território palestino mostrado acima: 53,5% ficariam com Israel e 45,4% com a palestina, mesmo os israelenses sendo apenas 30 por cento da população na região de então. E assim foi feito. Armados pelos Estados Unidos que logo no primeiro momento apoiaram a decisão, os judeus invadiram o território agora seu.

Eles obedeceram a divisão por pouco tempo e em seguida, aproveitando-se do fato de sobretudo os muçulmanos não terem aceito a nova situação e reagido contra ela, foram à guerra, conseguiram vencer graças à injeção de dinheiro e armas dos norte-americanos e expandiram seu território para além das fronteiras consideradas legais. Das terras conquistadas somente as tomadas ao Egito foram devolvidas e por causa de um acordo de paz. Os egípcios são um inimigo que pode ser muito poderoso. Nos demais casos, não. E jamais o Estado Judeu admitiu verdadeiramente apoiar a criação do Estado da Palestina, a não ser por um breve momento, quando o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, intermediou um acordo entre o palestino Yasser Arafat e o israelense Yitzhak Rabin. Estava  tudo certo? Não, porque um terrorista judeu matou o primeiro ministro de seu país e permitiu a chegada ao poder israelense de um nazismo sionista que nunca mais saiu de lá. E que hoje fragmenta as terras palestinas.

Eis a raiz de todos os problemas. Eis o ovo da serpente. Eis porque nos dias atuais o ódio e o terror das guerras não poupa velhos e crianças dos dois lados. Sobretudo do lado mais fraco.                  

7 de novembro de 2023

Os novos nazistas


Árvore dos salmos

Mahamound Darwich

No dia em que minhas palavras forem terra...

Serei um amigo para o perfilhamento do trigo bom

No dia em que minhas palavras forem ira

Serei amigo das correntes

No dia em que minhas palavras forem pedras

Serei um amigo para represar

No dia em que minhas palavras forem uma rebelião

Serei um amigo para terremotos

No dia em que minhas palavras forem maçãs de sabor amargo

Serei um amigo para o otimismo

Mas quando minhas palavras se transformarem em mel

Moscas cobrirão

Meus lábios!...

Os garotos e meninas de Israel entram na escola muito cedo e fazem obrigatoriamente todo o ensino fundamental. Desse momento de suas vidas ao término do ensino básico, vão diretamente para o serviço militar que também é obrigatório. Curso superior é feito depois e para aqueles que puderem. No ensino fundamental aprendem, nos livros didáticos, que os palestinos são seres inferiores. Geralmente associados a terrorismo, acabam mostrados nas escolas como gente de bairros paupérrimos, sempre com máscaras nos rostos e, nas fotos dos lugares onde eles supostamente vivem, não aparecem pessoas. Nurit Peled-Ehhanan, israelense e estudiosas crítica do  atual governo de seu país, denuncia isso em longo e pungente depoimento e mostra como todos são preparados para chegar às forças armadas de seu país com o ódio no coração.

Quando Israel foi construído sobre terras roubadas aos árabes, muitos colonos que viviam em acampamentos receberam suas primeiras casas. Houve caso de gente que entrou em seu novo domicílio encontrando no interior bens que eram anteriormente dos palestinos e árabes expulsos do lugar. Poucos recusaram o novo endereço. Os que fizeram isso disseram que não iriam repetir o que os nazistas tinham feito com os judeus no holocausto.

Quem tem Netflix em casa deve ver lá a série "All the Light We Cannot See". Passada numa pequena cidade francesa ao lado do mar, denuncia os dramas dos moradores ao final da II Guerra Mundial, quando os aliados intensificaram os bombardeios sobre toda a região. Eles lançaram panfletos pedindo aos residentes para irem embora e os alemães fecharam todo o perímetro urbano, bloqueando as saídas. Vista pela ótica de uma garota cega, a história mostra como foram didáticos os ensinamentos nazistas para boa parte dos judeus que pouco tempo depois viajaram para invadir as terras dos palestinos.

O que os israelenses fazem hoje escudados pelo fato de o Hammas ter cometido o desatino de matar mais de 1.400 pessoas, é a repetição da essência da ideologia nazista que partia do princípio de que os judeus eram serem inferiores, responsáveis por todos os males da Alemanha e por isso mereciam ser exterminados. Gaza é agora, nesse momento, a repetição de uma tragédia. O que estamos vendo é a solução final para o caso palestino.

Muitos daqueles que sofrem no dia-a-dia o terror de Israel não aceitam mais que suas palavras se transformem em mel. Preferem morrer a passar por isso. E em consequência as crianças se tornam as maiores vítimas. Como aconteceu no primeiro holocausto.   

3 de novembro de 2023

Os perigos do 15 de novembro


Se a memória presente do Brasil for apagada e daqui a um século nós tentarmos explicar aos que nos sucederem o que significa a foto acima, ninguém vai acreditar. "Brasileiros em oração para um pneu? Você só pode estar delirando!" E nos perguntarão como tivemos a ideia de fazer montagem fotográfica de tamanho mal gosto. Mas tanto a imagem é real que imbecis das mais diversas matizes pretendem repetir os fatos no próximo dia 15 de novembro, tornando a comemoração da República uma pantomina golpista.

Essa gente precisa ser detida. O que está sendo arquitetado para a comemoração dos 134 anos da República não é manifestação de liberdade de expressão; trata-se de um ato de golpismo explícito e isso é muito perigoso. Há exemplos aos milhares do que está sendo feito. Cito um: corre na internet a foto de um bolsonarista pedindo um "novo 08 de janeiro", conclamando os brasileiros a "enquadrar as forças de segurança" e, por fim, avisando que desta vez eles pretendem "tomar o país de volta". Isso não é engraçado. Isso é crime e quem comete crimes tem que ser preso e processado.

Estamos vivendo uma época na qual os imbecis comandam a maioria dos atos nas sociedades. Por omissão. Agora mesmo estou tendo que questionar por via judicial uma ilegalidade cometida pelo condomínio onde moro e através da qual se tenta me impedir de exercer o direito de emitir opiniões, inclusive de forma jocosa. Isso é lícito porque nos tempos atuais somente o jocoso encontra paralelo com o que é mostrado todos os dias aos cidadãos. Pode-se comparar esse fato e muitos outros com a imagem ridícula de milhares de pessoas rezando e cantando o Hino Nacional Brasileiro diante de pneus em frente a quarteis.

No próximo dia 15 essa gente tem que ser detida. Existe a possibilidade de incidentes, sobretudo em estados onde os governadores são apoiadores não disfarçados do golpismo criminoso, como são exemplos São Paulo e Rio de Janeiro, duas das mais importantes unidades da Federação. Conter esse tipo de crime, responsabilizar quem o comete e quem o incentiva não é impedir a liberdade de expressão. É lutar pela manutenção do Estado Democrático e de Direito. Nele, todos somos discípulos das leis e da ordem.

Mais: respeitar as leis não é uma opção. O respeito às leis é ato coercitivo, quer gostemos ou não delas.