29 de dezembro de 2006

Bandidos e outros

A mídia criou um termo próprio, quase somente dela, para identificar quem comete crimes: bandido. Então, assaltante é bandido. Sequestrador, também. Incendiário, idem. Estuprador, igualmente. E vai por aí. Como na época do bang-bang.
A nova prática simplifica o trabalho redacional mas tem um lado negativo e que é o de não tipificar os crimes cometidos. Para saber o que houve, o leitor/ouvinte/espectador precisa conhecer um pouco da matéria ou se assenhorar o mais possível do que está acontecendo. Com o risco de nem tudo ser dito.
Mas o Edemar Cid Ferreira não é bandido, embora tenha roubado milhares de pessoas. O Antônio Pimenta Neves também não, mesmo tendo assassinado uma ex-namorada com dois tiros pelas costas. E o juiz Lalau é sempre chamado por esse "simpático" apelido, mas também nunca foi alcunhado de bandido.
Então, entendamos: bandido é o criminoso pobre. Os demais são o que são: ladrões do dinheiro alheio, assassinos confessos, magistrados corruptos e vai por aí.
As democracias são totalmente democráticas apenas nos discursos.

14 de dezembro de 2006

Haikais do Marien

Foi lançado em Vitória, ES, na noite de 13 de dezembro de 2006, o livro "Herança do Vento", do jornalista e escritor Marien Calixte. O livro reúne haikais do autor, de outros autores, além de textos vários sobre essa maravilhosa técnica japonesa de fazer poesia, pela qual Calixte se apaixonou depois de ter navegado por outras modalidades de literatura.
E edição bonita, com 278 páginas e da Editora Cidade Alta, o livro começou a ser vendido pela Livraria Nobel (R$ 30,00 no lançamento), mas será encontrado em outros endereços literários. Um exemplo:
Amar não exclui
a solidão, esse indivi-
sível fardo.

12 de dezembro de 2006

Confisco da poupança

Parece mentira, mas é verdade. A exemplo do que fez o ex-presidente Fernando Collor de Melo, o atual governo Lula está pretendendo confiscar a Poupança dos brasileiros. E desta vez com o discurso de que é para combater a miséria.
Um projeto de lei já tramita no Congresso Nacional e, se for aprovado, vai fazer com que os brasileiros tenham limites impostos pelo Governo para gastar o que é seu. Para conferir, basta acessar os seguintes links:
Confira na Íntegra o Projeto:
http://www.camara.gov.br/sileg/MostrarIntegra.asp?CodTeor=327088
A situação do projeto na camada dos deputados:
http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=156281
Artigo de um economista sobre a medida:
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=1784Leia o projeto e divulgue para não deixarmos isto acontecer!

6 de dezembro de 2006

Santo de casa

O Globo de 06/12/2006 publica matéria na capa do Segundo Caderno na qual focaliza um fenômeno tipicamente brasileiro: o dramaturgo Augusto Boal, pai do Teatro do Oprimido, já tem escritos sobre ele nada menos que 28 livros que enfocam sua pessoa ou sua obra. Nenhum deles em língua portuguesa.
Não seja por isso. Mário Petrochi de Oliveira, engenheiro, ex-diretor da Escelsa, já há alguns anos tornou-se o maior estudioso do Espírito Santo em turismo. Lecionou, escreveu vários livros adotados por faculdades e universidades e faz palestras sempre que sobra tempo. Jamais fez uma palestra em seu Estado. Seus livros não são adotados por nenhuma escola de nível superior capixaba.
Até mesmo um projeto que fez para o uso de casas de pequenas cidades do interior no serviço de oferta de quartos e café da manhã para turistas foi apropriado por outros depois de uma curta passagem sua pela Secretaria Estadual de Turismo de seu Estado. Santo de casa não faz milagre em lugar nenhum.

14 de novembro de 2006

Demagogia de palanque

Segunda-feira, 13 de novembro de 2006. Fazendo campanha para o "companheiro" Hugo Chavez na Venezuela, o presidente Lula voltou a investir contra "as elites" e contra a "imprensa". Segundo ele, tem sofrido cerrado fogo por parte de grande parte dos órgãos de Comunicação, e por puro preconceito.
Vamos colocar as coisas nos devidos lugares. "Imprensa" é jornal, revista. Rádio, televisão e outros como a Internet, não são imprensa. Não são impressos. Mas me parece muito pretender impor essa "sutil" observação ao presidente. Os órgãos de Comunicação estariam investindo contra ele.
Mas, interessante, ele só diz isso, só faz esse tipo de discurso, de ataque feroz, quando está no exterior. No Brasil, escorrega daqui, reclama dali e vai tocando o barco. Vez ou outra alguém que lhe faz vassalagem sugere premiar a "imprensa amiga" com polpudas verbas de publicidade. Sugestão de suborno explícito que ele, escorrega daqui, reclama dali, vai levando na barriga.
Mas cheguemos ao que interessa. O presidente vive num regime de Estado de Direito. Aqui imperam as leis desde 1985. Ora, presidente, processe quem o agride. Invista legalmente contra aqueles que o denigrem.
Ou isso ou então tudo não passa de demagogia de palanque.

8 de novembro de 2006

Bolsa Família, a camisa-de-força

Assistencialismo é política frágil. Com princípio, meio e fim. E quando essa vida útil não tem uma programação clara, o fim costuma ser trágico. O que tento dizer é que o Bolsa Família, nau capitânea de casco furado da política social do governo brasileiro, pode se transformar em camisa-de-força por não exigir claramente uma contrapartida daqueles que o recebem, nem um prazo para ser encerrado. Tanto com o cumprimento dessa contrapartida, quanto em caso contrário.
Assistir é dever do Estado. Sobretudo em épocas de economia recessiva. Mas assistir somente, indefinidamente, torna-se risco grave. No caso brasileiro, já custa a transferência de verbas de vários outros setores. Vide, por exemplo, o caso do apoio ao tráfego aéreo, comprometido por falta de pessoal e equipamentos obsoletos.
Um Bolsa Família sério deveria assistir aos mais carentes com o compromisso de que estes, num prazo "X" de tempo, se habilitassem a alguma atividade econômica capaz de dar-lhes autonomia de vida. E ao governo caberia dotar cada família de meios e modos de desenvolver esse esforço. A recolocação das pessoas no mercado de trabalho ou a negativa de algumas de participar de cursos profissionalizantes ou similares, simplesmente interromperia a ajuda do governo.
A ninguém interessa a existência de um Estado esmoler. Um Estado que sustenta parte de seus cidadãos abaixo da linha da pobreza, sem perspectiva futura alguma. Se um dia a casa cair, cairá na cabeça destes e da imprevidência e do populismo do Estado.
É bom pensar nisso. Agora que a eleição foi ganha à custa dos mais pobres e com o custo da promessa a estes do Paraíso. Ele não virá, é certo. Mas pode chegar para todos os brasileiros uma era de oportunidades ao menos parecidas. Só que tal era custa trabalho honesto, voltado para a construção de um país onde todos possam gerar riquezas, inclusive aquelas, fiscais, sustentadoras da voracidade oficial.

30 de outubro de 2006

Às cartas, Presidente!

Certo, errado, justo, injusto, não importa mais. Quase 59 milhões de brasileiros disseram domingo, 29 de outubro de 2006, que Luiz Inácio Lula da Silva vai ser presidente do Brasil, pela segunda vez consecutiva, de 1º de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2010. Agora resta a ele, o presidente, decidir por que porta deseja entrar para a história passado esse período que tem início e fim marcados. Pelo menos pelo calendário oficial.
Ele pode entrar para a história como o primeiro presidente oriundo da classe operária que fez mais pelo Brasil do que todos os demais, ou então como alguém que chegou à presidência como esperança e saiu tal qual um Collor de Mello.
Um artigo de Frei Leonardo Boff, "A derrota da Casa-Grande", publicado hoje (30/10) em alguns jornais brasileiros, diz que a Senzala derrotou a Casa-Grande, numa alusão à obra magistral de Gilberto Freyre. E assegura, com a propriedade de quem conviveu com o presidente, que Lula é um homem extremamente inteligente. Capaz. E ignorantes são aqueles que o julgam ignorante. Pode ser.
Mas Lula faz parte de um partido político que ainda não encontrou seu lugar na sociedade democrática. Comporta-se às vezes como se estivesse sob ditadura militar. E embora abrigue gente da melhor qualidade, também é porto para uma série de desqualificados. O que vem fazendo a diferença ao longo dos anos.
Não existem "aloprados" na política. Existem honestos e criminosos. Não existem "erros", conforme conceituado pelo presidente Existem atos lícitos e crimes.
Saber a fronteira entre esses dois mundos é necessário ao Governo. Até agora ele teimou em desconhcer sequer a existência do limite.
Vivemos em um regime presidencialista. Quem decide é o presidente. Assim sendo, caberá a esse homem inteligente decidir, ele mesmo e talvez com poucos o influenciando, de que forma entrará para a história. Se pela porta da frente, reverenciado, dentro de quatro anos, ou pela porta dos fundos, até mesmo antes disso e como já aconteceu no Brasil recente.
As cartas estão na mesa. É pegar e jogar o jogo.

27 de outubro de 2006

O insólito...

Sexta-feira, 27 de outubro de 2006, 13 horas, loja da griff Copenhagen no Shopping Vitória, área nobre de Vitória (ES). Uma cliente bem vestida toma café expresso com delicateses e discute política com uma das baristas que a atende.
A barista defende convictamente a candidatura de Geraldo Alkmin. A cliente faz o mesmo em relação à de Lula. E chega a dizer: "Vocês e o resto do pessoal não aceitam mesmo, mas vai dar ele mais uma vez!"
Insólito! Definitivamente insólito!

O mais zangado de todos

Onde foi que eu errei?
Essa pergunta deve estar sendo feita a todo momento por membros do PSDB, PMDB, PFL, PP e outros partidos menos votados, e será ainda mais vezes feita depois de passada a ressaca da contagem de votos da eleição presidencial brasileira de 2006.
Acredito, firmemente, que o mais zangado consigo próprio seja o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Sociólogo internacionalmente respeitado, casado com uma antropóloga de renome, passou oito anos no Palácio do Planalto sem atinar para o fato de que está hoje na imensa legião de excluídos do Brasil e na solução desse problema o passaporte "deste país", como gosta de dizer Lula, para uma situação de prosperidade, estabilidade política e crescimento nacional. Fernando Henrique não fez pelos miseráveis nem um décimo do que poderia ter feito.
Lula usou isso. "Nasci como vocês, sei o que vocês sofrem, falo (errado...) como vocês, vou solucionar os problemas de todos vocês". E tome Bolsa Família. Nunca antes um programa meio esmoler rendeu tanto e tão grande quantidade de votos
De incompetente ninguém pode chamar Lula.

Cadáveres aos montes

Está a cada dia mais difícil para as autoridades dos Estados Unidos, particularmente de Nova Iorque, explicar como foi possível eles "esquecerem" centenas de corpos de vítimas do 11 de setembro, enterradas nas proximidades de onde ficavam as Torres Gêmeas. Depois que alguns ossos foram localizados, não se parou mais de encontrar cadáveres. Até o dia 26/10 eram mais de 200 restos humanos. No total, ainda há 1.150 corpos por serem localizados daquela carnificina.
Haverá processos, claro. Uma senhora, Adele Milanowycz, espécie de porta-voz dos familiares dos mortos, mantém até um site na internet para falar diariamente sobre o evento e o trauma dos familiares. Depois que as novas buscas terminarem, um batalhão de advogados deverá requerer indenizações milionárias por culpa de mais esse candente episódio de incompetência explícita das autoridades dos EUA.

16 de outubro de 2006

Coitado do Brasil (3)

Ouvido de um deputado(a) federal reeleito(a) no primeiro turno das eleições gerais deste ano e que toma posse no início da próxima legislatura:
- O aumento vai sair, sim. O próximo presidente, seja Lula ou Alckmin, não vai ter maioria no Congresso. Ou ele aprova ou não governa.
O cidadão(ã) referia-se ao projeto de reajuste salarial que tramita no Congresso Nacional e que reajusta os vencimentos dos parlamentares de R$ 12.847,20 para R$ 24.500,00, equiparando-os aos dos ministros do Superior Tribunal Federal (STF). Trata-se de um aumento de 90,7% num país onde o salário mínimo é de R$ 350,00.
Aliás, registre-se, os últimos reajustes faraônicos concedidos pelo Governo, no caso para o Judiciário, foram concedidos depois de pressões.

11 de outubro de 2006

O novo cruzado

Vai de vento em popa a cruzada do jornalista Joe Sharkey, do The New York Times, que usa indiscriminadamente o seu blog na internet para defender os pilotos norte-americanos envolvidos no acidente com o Boeing 737-800 da Gol, no qual morreram 154 pessoas em região sul da Selva Amazônica.
Sharkey parece fazer parte do perfil de jornalistas daquele país - ao que tudo indica, a maioria deles encastelados no Times - que tratam o Brasil com profundo preconceito. Isso vem se verificando já há algum tempo, em episódios diversos, inclusive alguns envolvendo a Presidência da República.
Como última providência, Sharkey retirou do blog as correspondências enviadas por brasileiros protestando contra seu posicionamento, sob a alegação de serem elas caluniosas, difamatórias e ameaçadoras. Ele vê fantasmas. Talvez seja um admirador das brincadeiras do Dia das Bruxas. Talvez seja alguém que leva tão a sério os critérios de patriotismo a ponto de desconsiderar a verdade dos fatos.
Em se tratando de americanos do Norte, tudo é possível.

10 de outubro de 2006

Coitado do Brasil (2)

Até o último domingo, dia do primeiro turno das eleições gerais e presidenciais do Brasil, o país estava na estaca zero no que diz respeito à crise entre a Petrobrás e o governo da Bolívia, no tocante à crise do gás e à produção de gasolina.
De repente, não mais que de repente, das trevas fez-se a luz. E nos dias que se seguiram ao primeiro turno, à reação do candidato Geraldo Alckmin contra o presidente Lula, a Petrobrás incrementou os entendimentos com o governo poliviano, a ponto de se dizer que, hoje, estamos às portas de um acordo.
Será um acordo de interesse brasileiro?
Ou será um acordo que, no caso de uma vitória tucana nas eleições do dia 29 deste mês de outubro, quando haverá o segundo turno do pleito presidencial, deixará o "companheiro" Evo Morales com a faca e o queijo nas mãos, com o contrato que sempre sonhou e sem que o novo governo do Brasil possa - pelo menos teoricamente - reclamar nossa dignidade e nossa soberania?
Às apostas, senhores!

6 de outubro de 2006

DICA: novo espaço político

Para quem não conhece, Arlindo Villaschi é capixaba, Professor Associado e Pesquisador de Economia da UFES (licenciado), Doutor em Economia pela Universidade de Londres, Mestre em Economia pela Universidade da Califórnia, Especialista em Problemas do Desenvolvimento Econômico pela CEPAL/ILPES. Ele está recomendando um site sobre política que tem tudo para dar certo.
Trata-se de uma iniciativa de "um jovem profissional de informática" como diz o Arlindo e poderá ser nova e preciosa contribuição numa área em que todos nós, brasileiros, precisamos de espaços alternativos, tanto para adquirir conhecimentos quanto para debater assuntos relacionados ao futuro político do Brasil.
Vamos ler, portanto.

4 de outubro de 2006

Permissividade que mata

Vejamos: se eu não posso desligar o velocímetro do carro, não posso desligar o marcador de gasolina nem os outros equipamentos, por que um piloto pode fazer isso com o Transponder e utros equipamentos para cometer uma loucura do tamanho da cometida pelo comandante e co-piloto do Legacy que derrubou o 737-800 da Gol?
A maioria dos acidentes de aviação ocorrem em aproximação. Muitos, mais muitos pilotos mesmo, deixam desligados instrumentos importantíssimos como são os casos, por exemplo, do Transponder e do Traffic Alert and Collision Avoidance System, o TCAS, hoje presentes em qualquer avião moderno. Eles têm que ficar desligados obrigatoriamente no solo, mas são vitais para auxílio ao vôo, quando só devem ser tornados inoperantes se apresentarem defeitos que prejudiquem esse mesmo vôo.
Os instrumentos têm comandos à mão dos pilotos que podem decidir, até mesmo para fugir da ação dos radares, se os mantêm ligados ou se os desligam. E aí mora o perigo. Os regulamentos de aviação são permissivos demais. E essa permissividade, aliada à irresponsabilidade, mata muito. Sexta-feira última, matou 155.

Hora de tira-teima

Agora Lula tem que explicar todos os escândalos nos quais seu Governo se meteu nos últimos tempos, e dizer que não sabia é pouco.
Agora Geraldo Alkimin tem que explicar ao menos os 400 vestidos que sua esposa teria ganho como presente de um estilista paulista.
Tudo isso vai ser checado na hora da eleição de 29 de outubro.
Eles só não precisam explicar as alianças que estão fazendo para chegar ao poder. Como a maioria das coisas que acontecem em política nesse país, beiram a promiscuidade. Situação em que, faça-se Justiça, o governador Paulo Hartung não aceitou nem chegar perto quando perguntaram a ele, na TV, se votaria no presidente regional de seu partido - o inescrupuloso PMDB - no Espírito Santo.

29 de setembro de 2006

Coitado do Brasil (1)

Vitória, ES, manhã de 29/09/2006. Na Enseada do Suá, bairro nobre da cidade, ao lado de uma área improvisada para eventos, milhares de pessoas, sobretudo jovens, se aglomeram em dois portões de entrada. Há gente com barracas montadas, lanches prontos trazidos de casa em merendeiras, outras se revesando nas filas, todas falando sem parar. A maioria delas usa umas gravatas vermelhas com laço frouxo, penduradas no pescoço, em camisas sociais ou não.
As milhares de pessoas, muitas das quais dormiram dias nas filas, estão esperando que os portões se abram para terem acesso à área de eventos onde vão se acotovelar o mais próximo possível do palco e esperar ainda outras muitas horas, até tarde da noite, para então poderem ver o show do grupo Rebeldes, ou RBD, seis mexicanos que fazem sucesso numa novela horrorosa, levada ao ar diariamente pelo SBT.
Coitado do Brasil!

26 de setembro de 2006

DICA: "Político honesto". É muito boa!

Essa, em época de eleição no Brasil, é muito boa. Entre no site do Google e digite "POLÍTICO HONESTO". Em seguida marque "Páginas em português" e dê um click em "Estou com sorte".
Depois disso, pense bem antes de votar.
Mas bem mesmo. Senão todos nós nos ferramos.

22 de setembro de 2006

DICA: Curiosidade mórbida

Duvido que isso alegre a alguém em bom estado de espírito mas, para pesquisadores e assemelhados o Departamento de Justiça Criminal do Texas (TDCJ) disponibilizou um endereço de Internet onde o interessado por acessar quaisquer dados sobre 376 prisioneiros executados nos últimos 24 anos (desde 1982)no Estado do presidente George W. Bush.
Você vai saber, por exemplo, que a maioria dos executados é constituída por negros e com baixa escolaridade - até aí, novidade alguma -, mas vai ter também estatísticas sobre, por exemplo, tipo de execução realizada - cadeira elétrica, injeção letal e outras especialidades norte-americanas - e as últimas palavras proferidas pelos muitos criminosos (?), inclusive alguns deles deficientes mentais ou então que praticaram crimes ainda menores de idade.
Coisa para estômagos forte.

21 de setembro de 2006

DICA: Isso pode ser crime!

Cuidado, amigo, se você abrir seus e-mails e encontrar algo parecido com isso:
Limpe seu nome sem pagar suas dívidas!!!
CPF e CNPJ
Em apenas 7 dias, limpamos seu nome junto ao SPC, SERASA, CCF e SCI, dívidas provenientes de BANCOS, FINANCEIRAS, CARTÓRIOS, LOJAS, CARTÔES DE CRÉDITO etc...
Atuamos em todo brasil, informações pelo e-mail: realcred@zipmail.com.br
"Esta mensagem não será enviada novamente"

"Limpar" o nome se faz pagando as dívidas, claro. E a Internet está cheia de picaretagens. Uma coisa como essa é sinal vermelho: você pode estar cometando um crime. E nem pense em mandar seus dados num caso como esse.

O protesto na garagem

Durante todo o dia 20/09/2006, uma faixa de cerca de dez metros de comprimento, sustentada por dois homens contratados para isso, ficou erguida na entrada da garagem dos veículos da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo, na Enseada do Suá, em Vitória. Tinha escrito:
Pres. César Colnago
Devolva meu salário roubado
Djalma de Sá Oliveira Filho (aposentado)

O “dono” da faixa e que estava ao lado dela o tempo todo, o advogado Djalma, aposentado do Legislativo, explicou que durante o governo de José Ignácio Ferreira e a presidência de José Carlos Gratz na Assembléia (o ex-parlamentar e o ex-governador respondem hoje a vários processos), a aposentadoria dele - e de outros - foi cortada pela metade. Ele foi à Justiça, recorreu e ganhou. Mas Colnago, o atual presidente da Assembléia, não paga sequer os atrasados, nem por decreto.
Djalma alega que conhece o tamanho da fila dos percatórios no Espírito Santo, sabe que desta forma não recebe e prefere protestar assim. Com a consciência de que nem dessa forma vai receber.

14 de setembro de 2006

Acordem, senhores!

Grande parte do eleitorado mais esclarecido do Brasil, a chamada "inteligentzia" (que, em alguns casos, se confunde com a "burritzia")questiona um fenômeno: como um governo populista, demagogo, incompetente e envolvido direta ou indiretamente com escâncalos como é o caso do governo Lula, vai renovar seu mandato.
Ora, bola, olhem para trás. Elejam apenas um governante deste país que tenha ocupado o poder e o deixado com um rastro de real preocupaçao para com a solução dos endêmicos problemas de miséria, de injustiça social e de aberrante distribuição de renda no Brasil. Um apenas. Uma vez acastelados no poder, todos, literalmente todos, fartaram-se com o poder e suas maravilhas. As ações de Estado desenvolvidas tiveram, com raríssimas exceções, o caráter de permitir a perpetuação do status quo e de privilégios, que ou foram apenas mantidos ou então ampliados. Em cinco minutos discute-se reajustes que oneram em bilhões o Estado brasileiro. Leva-se meses e meses para decidir que tipo de migalhas premiará o salário mínimo.
É ou não é verdade?
Ou essa visão muda, ou surgem homens públicos com compromissos diametralmente opostos a essa questão - e isso nada tem a ver com ideologia -, ou então não se iludam: ao término de seu segundo mandato, Lula indicará a seu eleitorado quem deverá sucedê-lo no poder. E essa pessoa vai ganhar.
Acordem, senhores.

11 de setembro de 2006

Águas limpas em Cachoeiro

Eis um serviço de excelência: a Citagua, Águas de Cachoeiro S.A., empresa privada que promove tratamento e distribuição de água em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, desenvolve o Programa de Saneamento Córrego Limpo. Vem a ser um serviço de recuperação de mais de 16 quilômetros de córregos, beneficiando diretamente 19 bairros da cidade, ao custo de R$ 10 milhões.
O serviço elimina o lançamento dos esgotos nos córregos que cortam a cidade. Todos são levados à Estação de Tratamento de Esgoto pelos coletores. Com córregos limpos, o Rio Itapemirim, orgulho da cidade, deixa de receber grande parte dos poluentes que recebia até bem pouco tempo atrás. E ele hoje começa a parecer mais bonito, como que remoçado com seu leito de pedras atravesssando toda a cidade de Rubem Braga, Roberto Carlos e tantos outros brasileiros famosos.
Para completar, o projeto beneficia 11 cerca de mil famílias. A maioria delas pobres e moradoras de Cachoeiro. Recuperar os rios deve ser uma preocupação de todos.

5 de setembro de 2006

DICA: resgate do Fundo 157

Quem sabe voce esqueceu e tem um dinheirinho aguardando? As pessoas que pagaram Imposto de Renda (IR) entre 1967 e 1983, tiveram a opção de investir parte do valor a recolher no chamado Fundo 157 de várias instituições financeiras. E agora acredite: há um saldo não reclamado de R$ 500 milhões esperando pelos esquecidos.
Se você acha que é um deles, acesse www.cvm.gov.br, clique no "acesso rápido ao Fundo 157" e veja, usando o número do seu CPF, em que instituição bancária está o seu dinheiro. O meu não está em nenhum, pobre de mim.

DICA: em busca de sua vocação

Você quer descobrir se sua verdadeira vocação está encoberta? Melhor do que isso: quer descobrir esse novo caminho durante as férias, para não atrapalhar os trabalhos atuais? Há um site lá dos EUA chamado http://www.vocationvacations.com que promete resolver esse problema para aqueles que aceitarem fazer um investimento em sua verdadeira vocação. Ou no que imaginam ser ela.
Basta entrar no bruto e conferir. Tem um custo, é claro, mas dizem os sábios que sonhar de graça só na cama da gente.

31 de agosto de 2006

DICA: metrôs do mundo

Alguns metrôs existentes por esse mundo afora são verdadeiras preciosidades. Ou contêm ou são eles mesmos obras de arte principalmente porque alguns têm mais de um século de existência. Agora há um site que pode colocar a gente dentro de cada um desses labirintos de corredores subterrâneos. Basta acessar esse delicioso endereço e percorrer caminhos pelos quais vale a pena a gente passar. Dê uma conferida e depois me fale alguma coisa.

30 de agosto de 2006

As licões de Lula

Fale a linguagem daqueles que você quer atingir e eles o ouvirão.
O "fenômeno" Lula, o do homem coberto de denúncias que deve se reeleger presidente da República no primeiro turno, pode ser explicado rapidamente: ele é compreendido pela maioria do eleitorado brasileiro, justamente aqueles que os políticos profissionais visitam antes das eleições e se esquecem depois. "Eu sou um retirante nordestino", diz ele. E diz falando a essa maioria.
Um certo dia, aqui em Vitória, fui a uma oficina de reparação de refrigeradores. Uma oficina pobre, de subúrbio. O mecânico estava reclamando dos políticos. Dizia que um determinado candidato ao Senado, Camilo Cola, podre de rico, havia visitado a oficina dele, "sentado a bunda" na cadeira, prometido mundo e fundos e depois desaparecido como que num passe de mágina. Mas levou o voto do pobre homem, num caso clássico e costumeiro de estelionato eleitoral.
Lula incontestavelmente tem carisma. Sua política social, cheia de defeitos, é melhor do que todas as anteriores somadas. E ele pode ser chamado de inculto, de inconveniente, de populista e demagogo. Mas não de incompetente. É inteligente.
Seu "fenômeno" poderia e deveria ser melhor estudado por todos aqueles que estão hoje perplexos com o que acontece no Brasil. Porque, caso contrário, vai se repetir mais adiante. Não tenham dúvidas. Sempre acontece isso quando o homem não aprende com as licões da história. E a de hoje é exemplar.

24 de agosto de 2006

DICA: "Mediquês" decifrado

Só os médicos, é claro, entendem de bula de remédio. Eles e os que possuem lente de aumento. Mas se você não é um desses, consulte o endereço http://bulario.bvs.br e vai dar para entender tudo, bastando chamar pelo nome do medicamento.
Quem consegue decifrar linguagem técnica, lê em letras maiores. Quem não consegue, tem uma versão genérica, de fácil entendimento, do conteúdo das bulas. Um serviço nota 10 da ANVISA. Coisa de Primeiro Mundo.
Mas cabe uma dica final: você tem que fazer a busca pelo nome do princípio ativo do medicamento e não pelo nome de griff.

22 de agosto de 2006

Produtos da terra

Laksmi Mittal, fundador do Grupo Mittal Steel e quinto homem mais rico do mundo, voltou para casa no domingo, 19 de agosto, com dois produtos capixabas na bagagem, ambos dados a ele pelo governador Paulo Hartung.
Mittal havia vindo a Vitória como presidente do grupo Arcelor, comprado por sua empresa, para conhecer os investimentos no Espírito Santo. Voltou para casa em seu avião particular levando uma caixa de pios (www.piocoelho.com.br)e Café Meridiano Orgânico (www.meridiano.com.br). Nos dois casos, presentes dados a ele por escolha pessoal do governador.
Os Pios Coelho, produzidos há muitos anos em Cachoeiro de Itapemirim são uma tradição artesanal no Estado, tendo se iniciado como produtos para caçadores. Hoje são usados como objetos de decoração.
O Café Meridiano Espresso é o primeiro blend deste tipo lançado no Espírito Santo, fabricado em Colatina e com um projeto de apoio à produção rural familiar, que fornece os produtos conillon e arábica à empresa.

18 de agosto de 2006

Uma história de amor eterno

Aconteceu há muitos anos. Eu era garotinho.
Havia (ou há) em São Paulo um jardim japonês chamado Nippon Sol. Nós o frequentávamos. Meu pai e minha mãe gostavam de ir lá passear, tomar chá, respirar um ar oriental. Se deliciar com o ambiente e os filhos pequenos.
Seu Japa (vamos chamá-lo assim porque não me recordo do nome) trabalhava no lugar e era casado com Dona Japa. Moravam ambos nas proximidades.
Um belo dia Dona Japa não apareceu mais. Sumiu. Os vizinhos procuraram saber o que havia acontecido e foi explicado a eles por Seu Japa que ela voltara para o Japão. Saudades da família, da terra, da realeza, acreditaram todos.
E o tempo passou. Cerca de dois anos.
Um belo dia a garotada jogava futebol na rua. A bola caiu na casa de Seu Japa. Um dos meninos que foi buscá-la aproveitou para olhar pela janela. Pela janela do quarto. E viu Dona Japa deitada na cama. Linda, de branco.
Correu para avisar a mãe da novidade da volta da amiga japonesa. A moradora esperou por Seu Japa e disse que gostaria de rever a antiga vizinha. O japonês ficou lívido. Disse que aquilo era mentira, a mulher havia ido realmente embora, os garotos estavam vendo fantasmas, eram bisbilhoteiros e mal educados. Bateu a porta na cara de todos.
A vizinha deu uma bronca no filho. Puxou as orelhas dele. E o colocou de castigo. Mas o garoto não se deu por vencido. No dia seguinte, depois que Seu Japa saiu, foi novamente olhar pela janela. Estava lá Dona Japa, deitada na cama. Falou novamente com a mãe e esta, fofoqueira-mor da rua, não se conteve e foi olhar também. Viu, como o menino, Dona Japa languidamente dormindo.
Quando Seu Japa chegou uma comissão o esperava. Queriam ver a esposa dele. Transtornado, o japonês bateu a porta na cara dos vizinhos mais uma vez. Só não pôde bater na cara dos policiais que, mandado à mão, chegaram um ou dois dias depois.
E estava lá Dona Japa, deitada na cama, competentemente conservada no formol. Seu Japa, que além de trabalhar no Nippon Sol era brilhante técnico em taxidermia e sabia tudo sobre embalsamamento, não se comformara com a prematura morte da mulher, que tivera um fulminante ataque cardiáco. Durante os dois anos, foi dia após dia, noite após noite, ele foi cuidando do cadáver. Na época em que terminou sendo descoberto, Dona Japa era uma obra de arte de conservação. Parecia a mesma japonezinha meiga do dia do casamento.
Com todo amor para dar...
Seu Japa foi preso. As autoridades, descrentes do amor eterno, levaram embora o corpo dela. Enterraram-no dias depois, ainda durante o bafafá que a imprensa fez sobre o caso.
De Seu Japa ninguém mais ouviu falar. E o assunto se tornou tabu no Nippon Sol, lugar onde, de coisas estranhas mesmo, só se continuou a produzir os bonsais, aquelas lindas minuaturas de plantas que até hoje emocionam as pessoas.
Principalmente porque são plantas vivas.

17 de agosto de 2006

Conclusão tardia

Estranha entrevista deu o técnico da África do Sul, Carlos Alberto Parreira, sobre a Seleção Brasileira que ele dirigiu (?) na Copa do Mundo da Alemanha.
Disse o técnico que o time foi derrotado porque jamais teve o comportamento de campeão, porque jamais se comportou como um time que estivesse determinado a ganhar mais um título mundial.
Ora, bolas. Então, por que ele não chamou os jogadores às falas? Por que não mudou o time e afastou os descompromissados?
Se bem a gente se recorda, ele deu foi bronca na imprensa quando ela noticiou que a macacada estava fazendo farra em boates nas horas de folga.
Quer dizer que o time não tinha compromisso de campeão?
Pombas, Parreira; agora é tarde!

14 de agosto de 2006

Lembrando Cacareco

Cacareco era um rinoceronte. Vivia no Jardim Zoológico de São Paulo e se tornou o amor da garotada. Numa época lúdica da vida brasileira, era imensa a legião de crianças que ia lá todos os dias, sobretudo nos finais de semana, para ver Cacareco. Não se sabe porque, mas ele era uma unanimidade na cidade.
Coincidentemente, vivíamos uma época de descrença política. As instituições, sobretudo o Legislativo, tanto estadual quanto federal, estava moralmente falido. Como hoje. E na primeira eleição que aconteceu, Cacareco teve votação estrondosa. Um fenômeno nacional. Não fosse ele animal irracional e teria sido eleito deputado federal por São Paulo, com sobras, em qualquer um dos partidos.
O Parlamento brasileiro de hoje vai se salvar nesse aspecto porque aquele simpático bicho já morreu há décadas. Caso contrário, teríamos uma enxurrada de votos para ele em 03 de outubro. No dia em que o povo brasileiro terá a sagrada oportunidade de eliminar da vida nacional as sanguessuras, as saúvas, os anões e todas as demais anomalias mais recentes da fauna política brasileira.
Votemos. Lembrando Cacareco. Um desonesto a menos na vida nacional para cada voto que o simpático rinoceronte recebeu na década de 1960 já será o suficiente.

8 de agosto de 2006

DICA: hospedagem de graça

Se você quer hospedar um nome de domínio de graça na Internet, acesse: http://www.dot.tk/es/pageB00.html. É bastante interessante e parece uma solução engenhosa para as necessidades atuais. Sobretudo aquelas da falta de dinheiro. E você, sem custo, fica com um .com.

4 de agosto de 2006

Definições essas definições...

Esse caso da doença de Fidel Castro trouxe-me à memória dois casos, um deles vivido na Universidade Federal do Espírito Santo na década de 70. Um belo dia, durante uma aula de Fundamentos Científicos da Comunicação, um aluno pediu licença ao professor Domingos Freitas para fazer campanha política. Era o cidadão L.A.P., candidato a vereador, estudante de Direito e membro da Arena Jovem. Começou a falar e discorreu sobre a necessidade de darmos um fim ao comunismo e invadirmos Cuba. Lá pela tantas Domingos, um grande gozador, interrompeu o "futuroso" jovem:
- Meu filho, você está falando há 15 minutos e já disse umas 50 vezes o nome "comunismo". Deve ser um profundo conhecedor da matéria. Diga para nós, pobres ignorantes, o que quer dizer isso.
O rapaz encheu o peito e disparou:
- Comunismo é um negócio, que quando alguém gosta de um troço, todo mundo é obrigado a gostar também.

Quando me lembrei dessa preciosidade, veio-me à mente que um velho comunista psiquiatra um dia me contou essa história. Num congresso de psiquiatria, contaram que um gaúcho tradicionalista, daqueles que não palitam os dentes para não botar pau na boca, daqueles que não bebem mel mas comem a abelha, daqueles que divulgam aos quatro ventos ter mulher que pilota um Continental seis bocas, um belo dia ficou sabendo que o filho era gay. Enlouqueceu.
Enviaram um psiquiatra para ver o que poderia ser feito. O profissional, cheio de dedos, perguntou:
- Seu fulano, eu gostaria de saber, claro se o senhor quiser dizer, o que para o senhor significa homessexualismo.
O gaucho olhou para ele com ar de desprezo e definiu:
- Homossexualismo é coisa de veado, tchê!

DICA: comentário político

Vale a pena perder (ou ganhar, quem sabe) um pouco de tempo lendo neste final de semana o comentário político do jornalista Carlos Marchi publicado no blog de Ricardo Noblat. Ele sabe do que fala. Até mesmo para quem discorda:
http://noblat1.estadao.com.br/noblat/visualizarConteudo.do?metodo=exibirArtigo&codigoPublicacao=23842

DICA: localize-se via celular

Veja isso: nesse site, você coloca qualquer numero de celular e ele mostra num mapa a localização mais ou menos exata de onde está o aparelho. Pode ser bom para saber onde andam os filhos. E outros... Mas há algumas restrições.
http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=865

3 de agosto de 2006

A culpa é do Lula?

Tem muita gente assustada, hoje, com a possibilidade de Luís Inácio Lula da Silva ser reeleito. Onde vamos parar? Num segundo mandato, sem maioria parlamentar, o que o atual presidente poderá fazer do alto de seu claro despreparo intelectual?
Vamos raciocinar: é culpa do Lula liderar com folga as pesquisas eleitorais, estar a um passo da reeleição? Falar a linguagem do povo e ser visto pela esmagadora maioria das pessoas da base da pirâmide social como "um dos nossos"?
Vejam que Fernando Henrique Cardoso é homem morto politicamente. Outros ex-presidentes, idem. Em todos os casos, eles chegaram ao poder como políticos tradicionais e decepcionaram redondamente. Para enfrentar Lula agora, foi necessário o concurso de Geraldo Alckmin, candidato insosso e com penetração zero no Nordeste. E quem está sendo o fiel da balança? Justamente Heloísa Helena, dissidente do PT, vista pelos mais esclarecidos da esquerda do espectro político como quem não traiu o ideais que levaram Lula ao poder. É ela e sua imagem ética quem faz o contraponto entre o que se sonhava e o que se vê atualmente.
Vamos pensar assim: o atual presidente, caso realmente seja reeleito, não o será por méritos ou por "culpa" sua. Ele conseguiu se identificar com uma imensa maioria de brasileiros quando os demais políticos não têm foco em seus nichos de eleitores, se é possível esse tipo de classificação. Desencanto por desencanto, o dos opositores do atual presidente é bem maior do que o dele. Além disso, muitos o querem bem sinceramente. Muitos o admiram e o consideram um novo "pai dos pobres".
Por isso ele pode ganhar. Por isso é preciso ver, lá do outro lado, os motivos que podem levá-lo a continuar inquilino do Palácio do Planalto.

DICA: evite ser vítima de fraudes

As fraudes existem aos montes. Todo dia uma ou mais são criadas. Há na Internet um site especializado em avisar a gente do surgimento de novas formas de nos roubarem. Acesse http://www.fraudes.org e você vai ficar por dentro de todas as novidades do "setor".
Mas acesse mesmo. O site é bom e tomar cuidado e caldo de galinha não faz mal a ninguém.

2 de agosto de 2006

Junta do ES abre Central Fácil

A Junta Comercial do Estado do Espírito Santo (JUCEES), em parceria com vários outros órgãos, colocou em funcionamento, a partir do dia, 03 de agosto de 2006, a Central Fácil. Seu objetivo é reduzir para 15 dias o prazo de constituição de uma empresa e reunir em um só local – na própria Junta – todos os passos necessários à constituição de uma nova empresa.
A Central Fácil começa com a participação das Prefeituras da Grande Vitória – Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra e Viana -, Secretaria da Receita Federal, Secretaria da Fazenda do Estado, Corpo de Bombeiros e vai contar com o apoio do Sebrae-ES, inclusive na orientação dos empresários. Segundo o presidente da Junta, Marcelo Zanúncio Gonçalves, o principal objetivo da Central é facilitar o empreendedor, fornecendo-lhe informações e reunindo vários procedimentos em um só local.
A Central Fácil funciona na sede da Junta, Avenida Nossa Senhora da Penha, 1433, de 12 às 18 horas. Nela são integrados os serviços hoje dispersos por vários órgãos. “Ao integrarmos os serviços”, afirma o presidente da Junta, “iremos dar agilidade aos processos, que dependem de vários órgãos”. A Central vai, também, oferecer orientação ao empresário.
“O que buscamos com a Central Fácil é oferecer ao empreendedor maior facilidade para abrir ou legalizar seu negócio”, afirma também Marcelo Zanúncio Gonçalves, lembrando que este esforço se enquadra nas diretrizes da Junta, de oferecer serviços mais rápidos e melhores aos seus usuários. A Junta Comercial, neste caso, se integra ao esforço do próprio Governo Estadual e se adianta ao projeto do Governo Federal que está tramitando no Congresso e que facilita o registro.
A idéia da Central Fácil é que o empreendedor dê entrada no pedido de registro de sua empresa e o tenha feito de forma mais rápida, já que todos os órgãos envolvidos neste registro estarão presentes na central. Permite, também, um maior controle na tramitação do processo, permitindo visualizar seus problemas e, com isso, repassando as informações ao empresário.
Até então, o empresário dava entrada no pedido de registro na Junta e, depois, tinha de passar pela Prefeitura, Fazenda Estadual, Receita Federal e Corpo de Bombeiros. Com a implantação da Central Fácil, tudo será feito em um só lugar, na própria Junta Comercial, facilitando o andamento do processo e concentrando vários procedimentos.
O projeto da Central Fácil funciona, inicialmente, para as empresas que irão se constituir em Vitória. A intenção, no entanto, é estendê-la para toda a Grande Vitória, abrangendo os municípios que a compõem. A adesão depende das Prefeituras, que já foram contatadas tanto pela próprio Junta quanto pelo Sebrae, um dos parceiros do projeto. “Consideramos que um dos pontos mais importantes do projeto é sua integração, reunindo os vários órgãos que influem no andamento do registro. Nosso objetivo é que tudo seja feito em, no máximo, sete dias”, afirma Zanúncio.
No caso da Junta Comercial, o registro das empresas anda rápido. Quando se trata de sociedades empresárias – empresa individual – ou de sociedade limitada, se toda a documentação exigida pela legislação estiver correta o registro é feito em, no máximo, 72 horas. O presidente informa que, para obter registro nos outros órgãos, a empresa precisa, primeiro, do registro na Junta, que é “a sua certidão de nascimento”.
INTERNET
Outro projeto que a Junta está desenvolvendo é o Portal de Serviços do Registro Mercantil. Segundo a Gerente de Tecnologia de Informação da Junta, Marcianne Ribeiro Antunes Lima, ele vai permitir que o pedido de registro seja feito on line, sem que o empreendedor ou empresário precise sair do seu escritório. “A idéia é integrarmos, através de um meio de fácil acesso, que é a Internet, todos os órgãos envolvidos no registro. Assim, o empreendedor, o empresário ou seus contadores podem pedir o registro de uma empresa e este pedido, além de ir para a Junta, irá, também, para a Receita Federal, Receita Estadual, Prefeitura Municipal, Corpo de Bombeiros e outros órgãos envolvidos, agilizando o registro”, afirma Marcianne.
A Jucees oferece, hoje, serviços descentralizados, com escritórios nas mais importantes cidades do Espírito Santo – Colatina, Cachoeiro do Itapemirim, Linhares, Aracruz, Guarapari, Nova Venécia e Venda Nova do Imigrante – facilitando o acesso dos empresários e empreendedores a seus serviços. Oferece, também, o Kit Jucees. Por ele, o empresário pode usar os Correios, através do Sedex, para enviar seus documentos à autarquia que os recebe, processa e os devolve ao destinatário. (Lino Geraldo Resende)

1 de agosto de 2006

Varig: agonia nos Estados Unidos

Paulinho Nakagomi e sua mulher Teresa (minha prima), eram comissário e comissária de bordo da Varig. Deixaram a empresa, ela por problemas de saúde, ele porque fez um acordo: foram ambos para casa em Copacabana, no Rio de Janeiro, para não enlouquecer no manicômio em que se transformou a companhia aérea onde trabalharam por muitos anos.
É de Paulinho essa história: há pouco tempo, um vôo da Varig que se destinava a Los Angeles precisou pousar em outro aeroporto por problemas de mau tempo no aeroporto de destino. Só que, com o combustível gasto para o desvio de rota, era necessário abastecer novamente o avião. Caso contrário ele não poderia chegar com segurança ao destino.
O comandante pegou o cartão de crédito que todos os comandantes de aviação comercial usam para emergências dessa natureza e pediu o reabastecimento. Negativo, disseram os norte-americanos. A Varig estava devendo a todo mundo. O comandante pediu aos membros do Star Aliance, empresas associadas, que lhe dessem socorro. Negativo, disseram os representantes delas. A Varig estava devendo a todo mundo.
E ficou lá o avião da Varig na pista do aeroporto, sem querosene para chegar a Los Angeles, com mais de 200 pessoas a bordo. Em desespero, o comandante pediu emprestado o celular de um comissário, que o emprestou mesmo sabendo que corria o risco de ter um telefonema internacional não pago em sua conta. E o comandante falou com membros da diretoria da empresa. Não queriam ajudar na hora. Desesperado, ele ameaçou denunciar o fato a todos os passageiros, chamar a imprensa, fazer um escândalo sem precedentes. Xingou o diretor que o atendeu e logo em seguida o avião foi reabastecido para enfim chegar a Los Angeles. O que acabou com o pandemônio a bordo pois os passageiros, irritados e preocupados, queriam saber o que estava se passando.
No retorno ao Brasil, o comandante desembarcou esperando encontrar em seu escaninho um bilhete azul. A demissão. Nada. Passou-se o primeiro dia e nada. Na escala seguinte ele estava confirmado para um novo vôo e o fez normalmente.
A Varig preferiu botar panos quentes no caso e fazer de conta que ele nem havia acontecido. O diretor engoliu todos os xingamentos. Era melhor naquela ocasião.
Hoje, não. Hoje talvez seja melhor fechar a mais antiga referência da aviação comercial brasileira. Por incúria administrativa. Criminosa, por sinal.

Para pensar um pouco

DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS

O CÃO

Um açougueiro estava em sua loja e ficou surpreso quando um cachorro entrou.
Ele espantou o cachorro, mas logo o cãozinho voltou. Novamente ele tentou espantá-lo, foi quando viu que o animal trazia um bilhete na boca. Ele pegou o bilhete e leu: - "Pode me mandar 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor?"
Ele olhou e viu que dentro da boca do cachorro havia uma nota de 50 reais.
Então ele pegou o dinheiro, separou as salsichas e a perna de carneiro, colocou numa embalagem plástica, junto com o troco, e pôs na boca do cachorro.
O açougueiro ficou impressionado e como já era mesmo hora de fechar o açougue, ele decidiu seguir o animal.O cachorro desceu a rua, quando chegou ao cruzamento deixou a bolsa no chão, pulou e apertou o botão para fechar o sinal. Esperou pacientemente com o saco na boca até que o sinal fechasse e ele pudesse atravessar a rua. O açougueiro e o cão foram caminhando pela rua, até que o cão parou em uma casa e pôs as compras na calçada.
Então, voltou um pouco, correu e se atirou contra a porta. Tornou a fazer isso. Ninguém respondeu na casa. Então, o cachorro circundou a casa, pulou um muro baixo, foi até a janela e começou a bater com a cabeça no vidro várias vezes. Depois disso, caminhou de volta para a porta, e foi quando alguém abriu a porta e começou a bater no cachorro.
O açougueiro correu até esta pessoa e o impediu, dizendo: -"Por Deus do céu, o que você está fazendo? O seu cão é um gênio!"
A pessoa respondeu: "Um gênio? Esta já é a terceira vez nesta semana que este estúpido esquece a chave!!!"

Moral da História: VOCÊ PODE CONTINUAR EXCEDENDO ÀS EXPECTATIVAS, MAS PARA OS OLHOS DE ALGUNS VOCÊ ESTARÁ SEMPRE ABAIXO DO ESPERADO