15 de abril de 2023

Permitam que sonhem


- E de repente a gente está vendo essa onda de ameaça, de violência, a gente não entende como isso acontece!

As declarações acima, literais, são do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comentando as violências cometidas sobretudo em escolas do Brasil. Ou em creches onde, numa delas de Blumenau, Santa Catarina, quatro crianças foram mortas a golpes de machado. Ele certamente não estava bêbado ao falar e nem tinha perdido a razão. É apenas um cínico que participou direta ou indiretamente durante quatro anos do desgoverno anterior a esse e viu o ex-chefe de Estado usando até  mesmo crianças para mostrar armas pesadas ou imitar "arminha" com as suas mãos sujas de sangue.

Tarcício segue a mesma cartilha do governador de Santa Catarina e de outras autoridades brasileiras ligadas às soluções pelas armas: quer inundar creches e colégios de policiais armados. Quer combater a violência com violência. Ele não quer enxergar que a origem de tudo o que estamos vivendo hoje é a politica armamentista da extrema direita que chegou ao poder em 2018 no rastro de cometa de um ódio anti-esquerda e anti-PT provocados em parte por uma carrada de erros cometidos setores da esquerda política brasileira nos anos que antecederam a penúltima eleição presidencial.

Todos sabemos - ao menos os mais lúcidos - que o combate à onda de ódio se faz com a educação das pessoas. Com o "não" ao armamentismo que hoje alcança até escolas de tiro onde se busca ensinar os pequenos a matar, como acontece em Goiás. Contra a cultura do ódio é preciso implantar o humanismo. Não é verdade que um povo armado jamais será escravizado. O correto seria dizer que um povo armado e instrumentalizado politicamente por um novo nazi-fascismo vai escravizar as oposições e dizimar as minorias, como já estava sendo feito com nações indígenas brasileiras.

É preciso que sejamos todos subversivos no bom uso dessa palavra. Contra essa ideia de um país formado por milícias e milicianos dos mais diversos matizes vamos buscar os ensinamentos de gente como o padre Júlio Lancelotti e tantos outros e mostrar que crianças contêm sonhos. Para fazer um país feliz e alargar a cada dia mais seu futuro basta que a gente permita que elas sonhem.

Não à cultura da violência! Não ao novo nazi-fascismo!    

3 comentários:

Anônimo disse...

É preciso sim “mostrar que crianças contêm sonhos” e são a esperanças de uma sociedade fraterna, desenvolvida e feliz.
Cuidemos de nossas crianças para construir um País melhor.

Anônimo disse...

Excelente!!!!

Anônimo disse...

Grata!