14 de junho de 2007

O espírito da coisa

As pessoas se perguntam porque, em meados de 2007, depois de perderem a Copa do Mundo da Alemanha ano passado, alguns jogadores da Seleção Brasileira estão pedindo dispensa, recusando-se a vestir a "amarelinha", como dizia Zagallo, e se dedicando apenas aos seus clubes. Seria isso um caso de perda de patriotismo?
Vamos com calma. O espírito da coisa é o seguinte: os jogadores famosos de hoje apenas vestem as camisas dos grandes clubes. São, na verdade, contratados de grandes empresas multinacionais de diversas áreas, todas elas investidoras dos grandes clubes e que sustentam o futebol gastando horrores mas exigindo retorno. A elas interessa o jogador o tempo todo com uma camisa que ostente sua logomarca e não com a da CBF, que não a tem. Daí os problemas. E eles vão continuar por muito tempo mais.
Por que a Fifa apóia os clubes e não a CBF nessa queda de braço? Porque os patrocinadores dela são os mesmos dos clubes, claro. E por que a CBF não denuncia isso? Pelo mesmo motivo.
Já o jogador pede dispensa porque a carreira dele é curta e o dinheiro, o hoje. E Seleção Brasileira, atualmente, só é atrativo para quem está se iniciando e precisa chamar a atenção.
Duro isso, não? Mas é o espírito da coisa.

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