15 de abril de 2008

A testemunha silenciosa (ou silenciada)


Chama-se Pietro a única provável testemunha da violenta morte da menininha Isabella Nardoni (aí ao lado, junto com a mãe em foto de família). Ele tem três anos de idade e, se seu pai e sua mãe estão mentindo, estava na cena do crime quando a meio-irmã foi agredida, jogada pela janela do 6º andar de um prédio e morta. E estava acordado, pois uma criança de 3 anos não consegue permanecer dormindo com uma briga aos gritos da mãe com o pai e com os berros desesperados da irmã mais velha, pela qual sentia muito amor.

Existe uma especialidade (?) chamada psiquiatria e/ou psicologia forense, capaz de desvendar casos como este. Um policial disse há alguns dias não cogitar ouvir essa criança porque o procedimento vai traumatizá-la. Ora, se ela presenciou um crime, ainda mais envolvendo uma irmã, pai e mãe, traumatizada já está. Embora, em defesa da tese policial, haja opiniões especializadas dizendo que um trauma pode aumentar se o menino for ouvido agora. Ele estaria, então, sendo preservado ao máximo.

A Polícia afirma de forma categórica, nesse caso que entorpeceu o Brasil, que um pai e uma madrasta, sem motivo algum aparente, mataram de forma brutal uma menina de 5 anos. E nenhum dos dois estava bêbado ou havia ingerido qualquer outro tipo de droga. Não é possível compreender isso.

Alexandre e Anna Carolina, por outro lado, gritam que são inocentes e que não praticaram o crime. Para eles, uma terceira pessoa entrou no apartamento pertencente aos dois e, também sabe-se lá porque, torturou e matou a menina. Que gritava, segundo vizinhos: "Papai, papai, papai, pára, pára..." Parece alguém chamando pelo pai. Gritando por socorro a ele.

Se os pais mataram a menina, Pietro viu. Se não foram os dois, ele também ouviu a gritaria e viu que a irmã não estava mais no apartamento quando foi trazido junto com o irmão ainda bebezinho. Há uma testemunha. Silenciosa ou silenciada. Não se sabe ao certo.

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