19 de novembro de 2014

"Impeachment não é de todo ruim"

O Congresso vazio. A única forma de ele não causar danos
O Congresso Nacional só não representa risco ao contribuinte quando está vazio. Assim, como na foto. De qualquer outra forma, é uma casa de negócios. Tenho pessoas de minhas relações em Brasília e uma delas com amigo(a) que trabalha no Congresso. Não quero dar pistas, então digo apenas que na Câmara. Essa pessoa, durante sua labuta - sim, pois essa trabalha! - ouviu uma conversa de dois deputados:
- Esse negócio de impeachment não é de todo ruim. Se o movimento crescer e um pedido formal for feito, ele tem que ser aprovado pelo Parlamento. Claro que a Dilma não vai querer perder o mandato. O PT também não quer perder o governo. Então, para que a coisa não passe eles vão negociar até calcinha e cueca, principalmente com a gente que é da base (em seguida, gargalhadas gerais entre os dois e uma pequena assistência...)
A coisa funciona assim. E ao contrário do que disse Renan Calheiros, o presidente do Senado, conversa tira pedaço, sim. Sobretudo pedaço do contribuinte. Nos últimos anos a roubalheira foi de tal magnitude, o rombo se tornou tão extenso, que para salvar as contas públicas e a Petrobras, o governo fará o de sempre: aumentar impostos; penalizar o cidadão comum. Sim, pois diminuir os ministérios que já são 39, nem pensar. É com eles que se negocia favores com os partidos, alimentando os esquemas de corrupção.
Às vezes perco meu tempo para ler post e artigos de pessoas que apóiam esse governo. Como não é mais possível negar a gatunagem, diz-se que ela sempre aconteceu. E, fixação de todos eles, aconteceu também durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. FHC não sai da cabeça dessa gente de forma alguma.
Sim, desgraçadamente sempre houve roubo de dinheiro público no Brasil e isso se dava ainda quando éramos um Império. Na República, piorou muito. Sempre houve sobrepreço, pagamento de comissões e desvios outros de verbas públicas. As calcinhas e cuecas faladas pelo deputado que conversava com o outro, serviram e servem muito para transportar dinheiro. Aqueles mesmo dinheiro tirado da gente em todos os salários, lojas, supermercados, etc. Na forma de impostos.
Mas dizer que corrupção sempre houve não esconde um fato: de 2003 para cá não há mais limite para a gatunagem. O "clube" tira tudo de todo mundo. E os governos "de esquerda" fazem qualquer negócio para manter o poder e conseguir a aprovação de leis de seu interesse. Afinal, o poder é deles e, sendo assim, não existe projeto de governo; existe projeto de Estado. Isso acaba com a diferença entre público e privado. Privatizar o público é um princípio administrativo, se podemos dizer assim.
No Brasil de agora, para aqueles que dividem o poder, tudo é privado. 

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