16 de junho de 2020

O sonho do golpe de Estado

Até quando tenta fazer graça Bolsonaro "aponta" armas. Questão de caráter
Jair Bolsonaro sonha de manhã, à tarde, de noite e de madrugada com um golpe de Estado. Com a possibilidade de subjugar o Judiciário, fechar o Congresso, submeter os meios de Comunicação a censura e determinar a todos os órgãos policiais que se comportem com extrema violência contra todos os que não gostam dele. E que são milhões!
Trata-se de um problema de caráter ou da falta deste. Foi assim a vida toda. No Exército, onde ficou até ser capitão, notabilizou-se como um militar indisciplinado e indigno de confiança. Por pouco não foi expulso da corporação para o bem do serviço público. Na vida pública, principalmente ao longo de seus 28 anos como deputado federal, acumulou desafetos e confrontos. Não conseguia viver de outra forma. Não fez uma única lei digna de seus mandatos. Mas empregos com dinheiro público, distribuiu aos montes. A parentes e amigos, criminosos ou não.
Elegeu-se presidente da República na calda de cometa de um ódio imenso que grande parcela da sociedade brasileira passou a sentir pelo PT. E de que hoje parte dela se arrepende. Foi beneficiado por um atentado (?) acontecido em praça pública e por uma fábrica de fraudes hoje chamadas de "fake news" montada por um de seus filhos e alimentada por apoiadores, remunerados ou não.
Jurou a Constituição sabendo de antemão que jamais honraria o juramento. Confronta essa carta de leis todos os dias e em quase todas as circunstâncias. E não faz apenas isso: incentiva grupos de extremistas criminosos a enfrentarem os poderes constituídos quase todo o final de semana em cenas de vandalismo ou de manifestações patéticas. Mais: comparece a elas às vezes utilizando o helicóptero da presidência da República, em atitudes acintosas. As mesmas que usa para "receitar" Cloroquina, andar pelas ruas desafiadoramente sem máscara, sugerir invasão de hospitais para fazer fotos, além de se calar de maneira cúmplice quando parte de seus mais desvairados apoiadores são presos, o que aconteceu muito recentemente.
Jair Bolsonaro é uma figura patética!
Mas sabe usar de um trunfo nesse jogo de baralho no qual transformou a política brasileira: alia-se ao que existe de mais retrógrado e golpista nas Forças Armadas do Brasil para, quase diariamente fazer ameaças contra quem "esticar a corda", como dizem seus sequazes. E as FFAA - como se fala - têm uma longa tradição golpista, sobretudo após o advento da República.
Dessa tradição Bolsonaro entende. E a venera! 

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