17 de fevereiro de 2021

Eles não cohecem limites

Daniel Silveira se recusa a usar máscara no DML 

Pensando no caso do deputado federal Daniel Silveira, que está preso na Polícia Federal do Rio de Janeiro, veio-me à mente uma convicção: qual é o limite para os "bolsonaristas de raiz" quando se trata de defender seu deus vivo? Acho (ou tenho certeza?) de que eles não conhecem limites.

Antes de gravar um vídeo de 20 minutos usando os termos mais chulos possíveis para se referir a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) esse deputado do Rio de Janeiro já havia praticado os atos mais bizarros de que se tem ideia. Teve que ser retirado de um avião de carreira à força porque se negou terminantemente a colocar máscara de proteção anti Covid-19. Por sinal, fez o mesmo desacatando uma policial do DML quando, preso, foi passar por exame de corpo de delito.

Ao ser detido gravou novo vídeo no qual diz já ter sido preso 80 vezes. Todos os que o conhecem sabem que se trata de uma pessoa absolutamente desqualificada, capaz de qualquer barbaridade em nome da "proteção" do presidente que defende. Mais ou menos como suas colegas de Parlamento Bia Kicis e Carla Zambeli. Eles não são os únicos a formar uma espécie de linha de frente presidencial.

Aliás, tenho convicção de outra coisa: Bolsonaro está lutando como louco pelos decretos das armas para ter a garantia de que todos os seus seguidores violentos estarão armados até os dentes para qualquer eventualidade. Sobretudo no próximo ano. Que outra justificativa se pode ter para essa fixação dele por armamento pesado, a ponto de soltar decretos  numa sexta-feira véspera de carnaval e depois ir fazer pesca submarina em Santa Catarina como se uma pandemia horrorosa não estivesse tirando a vida de milhares de brasileiros?  

Bolsonaro é sociopata. E ele se sente bem entre seus iguais. Por isso ficou calado durante todo o dia de hoje enquanto o STF decidia por unanimidade manter a prisão de seu deputado federal. Vai esperar para ver o que acontece, o mesmo ocorrendo com seu clã e parentes. Ou então dispara seguidos telefonemas para deputados da Câmara Federal para pressionar pela ordem de soltura de Silveira. É uma aposta perigosa, mas faz o gênero dele de esticar a corda ao máximo para testar os limites das instituições.

Afinal ele não tem respeito por nenhuma delas.              

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