24 de fevereiro de 2021

O silêncio de Paulo Guedes grita!


De Superministro da Economia a Anão de Jardim, aquele que só serve para enfeitar, foi pouco mais de um pulo. Depois de Sérgio Moro, o "superministro" da área da Justiça, foi a vez de Paulo Guedes ser aos poucos desidratado, perder protagonismo e acabar humilhado com a demissão do presidente da Petrobras, da qual tomou conhecimento como nós outros: pelos meios de Comunicação.

O presidente ao qual ele confiou seu status empresarial para obter prestígio pessoal colocou mais uma vez em funcionamento o princípio do "só eu detenho poder no nosso Brasil, tá oquey?". Guedes não notou que aos poucos ficou sendo desnecessário. Desidratado. Dispensável. E que para Jair Messias os únicos indispensáveis são aqueles que têm o sobrenome Bolsonaro de nascimento ou casamento. Registrados assim em cartório. Mais ninguém. Nenhuma outra alma penada como inúmeros ex aliados podem comprovar. Perguntem sobre isso ao "amigo incondicional" Henrique Mandetta, por exemplo.

O silêncio de Paulo Guedes grita! Berra! Urra! A apatia dele na última reunião com Bolsonaro e também no Legislativo fala mais alto que qualquer outra coisa. Tentem se lembrar das imagens mostradas: era um homem derrotado, humilhado, calado, com todo o seu poder subtraído, quase de cabeça baixa. Mas que cumpriu o papel reservado a ele sem protesto público.

Por que Guedes se deixa humilhar? Para muita gente lotada em Brasília isso representa um desafio. O mesmo que dizer: "Assuma o desgaste de me demitir, presidente!". Penso muito diferente. O derrotado assessor de primeiro escalão participa das artimanhas de poder desde antes do atual presidente assumir o cargo. Conhece todas as manobras, estava ao lado de seu chefe na totalidade dos momentos mais difíceis e sabe como se manifesta a sociopatia do chefe de Estado. Tenho convicção de uma coisa: se ele se tornar "inimigo" muitos tipos de retaliações seus negócios empresariais poderão sofrer. A começar pelo fato de que os amigos e o gado não mais usarão os Postos Ypiranga... 

O anão de jardim, tenho convicção, é agora refém do esquema de poder que ajudou a montar. Porque, digam o que quiserem dizer os membros do gado bolsonarista, nas mentes totalitárias, nos esquemas de poder onde o termo "democracia" não passa de mera figura de retórica, o destino dos que discordam pode não ser apenas o adeus. Pode significar prejuízo muito maior.                    

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