8 de novembro de 2021

O exterminador do passado


A última viagem internacional do presidente da República foi mais um show de ignorância e isolacionismo. Nessa foto que ilustra o texto, aquele que talvez seja o maior exemplo de tacanhice do chefe de Estado do Brasil: depois de passar por Pisa, na Itália, citou a torre inclinada que é ícone mundial de turismo como sendo a "torre de pizza". Como estava na Toscana, deve ser receita regional... Antes disso já havia estado rapidamente com o enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry a quem chamou de Jim Carrey. Aliás, isso não causa surpresa alguma porque o ator canadense citado fez, dentre outros filmes, "Debi & Loide". Bolsonaro pode ser qualquer um dos dois. Ou ambos. 

Triste foi ver o presidente sem interlocutor na reunião do G20 que reunia os maiores chefes de Estado do mundo. Triste e vergonhoso. Ainda mais porque ele foi até garçons que serviam autoridades, pediu água, fez piadas das quais ninguém riu e depois ficou apontando os governantes com o dedo como perguntando quem era quem naquele grupo de pessoas. Na única hora em que falou em público para o presidente da Turquia, que estava junto a outras autoridades, não fez perguntas, recitou temas nacionais brasileiros, citou a Petrobrás, os militares enfiados no governo e causou apenas constrangimentos.

Fez com que jornalistas fossem agredidos, deu mais um de seus espetáculos de falta de respeito para com os semelhantes, entrou em igreja sem ser recebido por religiosos e terminou o périplo de cavaleiro da triste figura no cemitério de Pistoia onde foram sepultados os soldados brasileiros mortos na II Guerra Mundial. Entendeu que ele, um fascista notório e que estava acompanhado por Matteo Salvini, líder fascista italiano, homenageava assim soldados que morreram lutando contra o fascismo.

Agora, novamente acuado no Brasil, vendo suas mais recentes ações sendo contestadas, assistindo ao calvário do presidente da Câmara, seu fiel ajudante de ordens, continua a destilar ódio, a atacar instituições e elegeu a Petrobrás como sua mais nova vítima, como sempre para desviar a atenção das pessoas do que realmente importa no nosso País: a crie institucional. Esse sujeito vive no militarismo de 1964. Os tempos para ele ainda são os de guerra fria e seu sonho dourado continua sendo o golpe de estado que não consegue dar. Vive em tempos outros esse nosso Exterminador do Passado.            

     

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